A direção do Hospital do Juruá decidiu reativar o pronto-socorro do Hospital de Campanha para atender apenas casos de Covid. O setor havia sido desativado no final de novembro devido à queda de casos naquela época, mas agora, devido à explosão de casos em todo estado e a terceira onda da Covid causada pela variante Ômicron, as entidades de saúde reativaram o PS Covid, que vai atender 24 horas.
Desde que o setor havia sido desativado, todos os casos de covid ou outras síndromes gripais eram atendidos no pronto-socorro do Hospital do Juruá. Atualmente, segundo a direção, estão 30 pessoas internadas com Covid.
Riane Araújo dos Santos, diretora clínica do Hospital do Juruá, disse que a medida foi debatida com todas as entidades de saúde e que o PS deve atender casos mais graves da doença, que precisem de internação e/ou intubação.
“O Hospital do Juruá teve a necessidade de abrir as portas porque estávamos atendendo os casos de Covid que eram esporádicos, uma quantidade não significativa junto com o PS geral, mas a infectologista nos orientou que o mais adequado neste momento era reabrir o PS Covid para os casos de urgência e emergência, que são pacientes mais cansados. Na linguagem popular é o paciente com muita dificuldade de respirar, que possa necessitar de intubação ou que mereça uma internação na clínica médica Covid para ser monitorado de forma mais adequada”, disse.
Ela destaca ainda que existem outras unidades que atendem casos leves da doenças, como as unidades básicas de saúde do município e também UPA.
A infectologista do Hospital do Juruá, Suiane Negreiro, lembrou que, apesar de casos de Ômicron serem menos agressivos em pessoas vacinadas, é preciso que haja esse setor específico, até porque isso ajuda também a frear a contaminação pelo vírus dentro da unidade hospitalar.
“A nova variante, a Ômicron, é uma variante que tem uma disseminação muito mais intensa comparada às anteriores e, diante disso há necessidade de a gente colaborar com essa diminuição, tanto para os pacientes, como profissionais de saúde que atendem esses pacientes. Com o aumento no número de casos, o PS passou a atender tanto população Covid, como não Covid e isso gerou transmissão cruzada dentro do próprio hospital e isso ia ser muito prejudicial para os pacientes e consequentemente para os profissionais de saúde que estavam expostos para esse atendimento”, destaca.
Ela diz ainda que é orientação do hospital que todos os servidores sigam à riscas os protocolos sanitários de cuidado, mas, como tudo estava sendo feito no mesmo espaço, os profissionais acabavam ficando mais expostos.
“É importante sim essa separação, tanto para diminuição de transmissão cruzada das enfermarias, dentro das observações do PS, e também para conter contaminação dos funcionários. E isso vai favorecer o atendimento daqueles pacientes mais graves”, destacou.
A infectologista enfatizou ainda que é preciso manter os cuidados individuais, como uso da máscara, higienização das mãos e o esquema vacinal completo. Segundo a médica, o vírus é menos agressivo em pessoas que têm as vacinas em dia.
g1