Por orientação do Comitê, governo volta a obrigar máscara em locais fechados no Acre — Foto: Reprodução Rede Amazônica
Após anunciar o fim da obrigatoriedade do uso de máscara no Acre em locais abertos ou fechados, o governador Gladson Cameli voltou atrás e decidiu manter a medida preventiva contra a Covid-19. O novo decreto foi publicado na edição desta quarta-feira (16) do Diário Oficial do Estado (DOE).
No dia 8 de março, o governo havia informado que, com o fim do último decreto que estabelecia o dia 15 de janeiro deste ano como data limite da recomendação, o uso de máscara não era mais obrigatório no estado. Apesar disso, recomendou o uso da proteção em locais fechados e com aglomeração.
No entanto, nesta quarta, uma nova determinação trouxe novamente a obrigatoriedade do uso da proteção facial em locais fechados. De acordo com o governo, a medida considerou uma orientação apresentada pelo Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19.
Conforme o novo decreto, o uso da máscara passa a ser opcional em locais abertos. Mas, é obrigatório manter a boca e o nariz cobertos por máscara de proteção individual em:
- locais fechados e para permanência e circulação em espaços públicos e privados acessíveis ao público
- transportes públicos coletivos
- veículos de transporte remunerado privado individual de passageiros por aplicativo ou por meio de táxis
- ônibus, urbano e intermunicipal;
- estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos, estabelecimentos de ensino e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas.
Na semana passada, o governo destacou a importância do uso da proteção, principalmente, em pessoas com baixa imunidade (imunossuprimidos), com comorbidades, idosos, pessoas que não tomaram a vacina, crianças e trabalhadores da saúde.
“Ficou cientificamente comprovado que a correta utilização do acessório reduz drasticamente a proliferação do vírus. Aliada a outros cuidados, como distanciamento social e higienização das mãos, por exemplo, a máscara é um importante complemento na proteção contra o coronavírus”, disse publicação em site oficial.
O uso de máscaras passou a ser obrigatório no Acre a partir de abril de 2020, quando o governador Gladson Cameloi prorrogou por mais 15 dias o decreto que suspendia as atividades comerciais não essenciais e o serviço público como medida ao novo coronavírus no Acre.
O Acre confirmou os primeiros três casos de Covid-19 no dia 17 de março. No dia, o governo determinou o fechamento de shoppings, bares, restaurantes, lanchonetes, cinemas, feiras, sorveterias, boates e diversos outros estabelecimentos do estado. A medida foi divulgada em uma edição extra do Diário Oficial do Acre (DOE) como prevenção ao novo coronavírus.
Em dezembro de 2021, o decreto foi prorrogado até o dia 15 de janeiro desse ano. Na época, a informação foi publicada no site oficial do governo, que informou que o gestor seguiu a recomendação técnica enviada pelo Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19.
O governador Gladson Cameli manteve todas as cidades do Acre em nível de atenção (bandeira amarela) na classificação de risco da pandemia até o dia 31 de março. A decisão se deu após o registro de um novo recorde de casos de Covid-19 no estado. É que o mês de fevereiro de 2022 teve o maior número de infectados pelo coronavírus desde o início da pandemia, com um total de 19.323 casos.
A explicação para o aumento dos casos desde o início deste ano foi a chegada da variante Ômicron no estado.
Na última classificação do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, no dia 1º de fevereiro, as cidades do Acre já tinham sido mantidas todas na faixa amarela.
Nessa faixa, há mudança de regra para o funcionamento dos setores e atividades comerciais e sociais, que passam a funcionar com lotação de 50% da capacidade de público.