Em menos de três meses, quatro pessoas morreram por afogamento na região do Vale do Juruá. A informação foi divulgada ao Jurua24horas pelo comando do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul.
O comandante da corporação, ten. Josadac Cavalcante, disse que o aumento da correnteza por conta da elevação do nível dos rios, a baixa visibilidade e a desobediência em relação às regras de segurança contribuem para o registro de mortes nos rios e igarapés.
Durante todo o ano de 2021 foram registradas oito mortes. Cavalcante diz que é importante que as pessoas que navegam ou tomam banho nos rios usem coletes salva-vidas.
“O nome já diz, salva-vidas, então muito importante fazer o uso dele. O Rio continua em situação de transbordamento e a atenção precisa ser redobrada”, disse.
Para o comandante, o uso de equipamentos como colete salva-vidas pode ser determinante. “O colete salva-vidas para quem se envolve em um acidente faz toda a diferença. Para quem navega pelo manancial é sempre importante estar protegido. Para os pais, mesmo que a criança saiba nadar, coloca o colete. Outro cuidado que devem ter é com os balseiros. Como o rio está cheio, começa a descer muitos troncos, pedaços de arvores, então, a atenção nesse momento é muito importante. Nossa orientação principal é navegar com a luz natural, respeitar o limite de carga das embarcações” acrescentou o comandante.
Entre as vítimas de afogamento estão uma criança de 2 anos e um adolescente de 14 anos. O ultimo afogamento registrado aconteceu em Cruzeiro do Sul, na região da Boca do Moa. Manoel Anazildo de Freitas Braga, 57 anos, embarcava uma madeira quando caiu no rio. A família encontrou o corpo do homem em uma parte rasa do Rio Moa.