Casal de empresários, alvo da Operação Boiúna, deflagrada no início deste mês, pode ter lavado aproximadamente R$100 milhões com empresas de fachada, no Acre. Os bens apreendidos com o casal somam um valor de R$1,6 milhão. Entre os bens, estão veículos de luxo e motos aquáticas.
O casal foi alvo de cinco mandados de busca e apreensão, no Ceará e no Acre, por suspeita de integrar uma organização criminosa que teria “lavado” até R$10 milhões em território cearense, a partir de empresas de fachada.
De acordo com informações, suspeita-se de que o casal tenha relações com a facção criminosa Comando Vermelho (CV) e com o tráfico internacional de drogas. O homem já foi preso em flagrante com 700 kg de drogas, junto de outros dois suspeitos, no Rio Grande do Norte, em 2014.
A Polícia Federal (PF), que integra a Ficco, divulgou informações de que os alvos da Operação Boiúna teriam formado um “complexo mecanismo de lavagem de dinheiro”, usando empresas de fachada “para legalizar ativos provenientes do crime, além de recorrer a sucessivos refinanciamentos de veículos de alto valor como método de branqueamento de capitais.”
Ainda segundo a Polícia Federal, “As investigações confirmaram que as empresas geridas pelo grupo não possuíam existência física no estado do Acre, e que os investigados não apresentaram lastro econômico compatível com as movimentações financeiras detectadas, nem com o padrão de vida ostentado”, completou a PF.
jurua24horas com informações do Diário do Nordeste, jornal de Fortaleza, no Ceará.