A seca severa que atinge a região do Juruá, no Acre, tem causado grandes dificuldades para as comunidades ribeirinhas e comprometido a navegação fluvial, essencial para o transporte e abastecimento local. O Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, registra um nível de 4,60 metros, ainda abaixo da cota de alerta, mas a situação é crítica em municípios como Marechal Thaumaturgo, onde o rio está 60 centímetros abaixo da cota máxima, dificultando o transporte de suprimentos e o deslocamento das pessoas.
Daniela Marques, subcomandante do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul, alerta que, embora o nível do rio ainda não tenha atingido a cota de alerta, “em Marechal Thaumaturgo, ele se encontra em 1 metro e 60 centímetros, o que requer mais atenção, principalmente para quem navega à noite, devido ao risco de colisões com troncos e outros obstáculos submersos.”
José Lima, coordenador da Defesa Civil Municipal em Cruzeiro do Sul, ressalta a gravidade da situação. Ele explica que “a seca prolongada está secando igarapés, poços artesianos e cacimbas, preocupando a população do interior.” Embora Cruzeiro do Sul ainda não esteja em estado crítico, ele enfatiza que “um plano de contingência já foi preparado e poderá ser acionado se a situação piorar.”
O município de Porto Walter, um dos mais afetados, já declarou estado de emergência devido à drástica redução do volume de água no Rio Juruá, comprometendo a sustentabilidade econômica e a segurança alimentar de mais de 10.700 habitantes, incluindo comunidades indígenas e ribeirinhas.
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