Sindicato dos policiais penais afirma que falta de agentes motiva fugas e rebeliões 

Na última segunda-feira (4), após a fuga de seis presos do presídio Francisco de Oliveira Conde, críticas à fragilidade do complexo penitenciário foram levantadas. O baixo número de agentes penais

Na última segunda-feira (4), após a fuga de seis presos do presídio Francisco de Oliveira Conde, críticas à fragilidade do complexo penitenciário foram levantadas. O baixo número de agentes penais torna-se o maior o maior motivador das fugas, além da estrutura precária dos presídios, a falta de convocação de profissionais e a  falta de investimento tecnológico agravam a situação a cada nova ocorrência. 

A última fuga, que ocorreu no pavilhão B, na cela 26, seis detentos decidiram escapar após quebrar a parede da cela, ação que não foi detectada pelos policiais. Após uma inspeção sindical no local, realizada há dois meses, problemas como: mato alto, falta de iluminação e paredes de tijolos comuns, foram identificados, elementos que facilitam a fuga dos detentos. “O sistema prisional no Acre é uma bomba-relógio prestes a explodir”, alerta o presidente do sindicato Éden Oliveira.

Além disso, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomenda uma proporção de um policial penal para cada sete detentos como mínimo para garantir segurança. No entanto, no Acre, a proporção é de um agente para 30 presos. O déficit de agentes penitenciários prejudica o trabalho pois há uma tensão constante de insegurança. Os policiais penais relatam que trabalham com receio. “Entrar no pavilhão exige um aparato mínimo, e hoje não temos esse respaldo”, diz o presidente sindical.

Apesar das fugas e rebeliões, o governo estadual ainda não convocou os 261 policiais penais aprovados no último concurso. Sem previsão para a finalização da investigação social e do curso de formação, a segurança prisional segue debilitada, com 1.100 policiais penais no efetivo atual, e 100 deles são provisórios. 

Em Cruzeiro do Sul, a situação é igualmente crítica, com tentativas de fuga semanais. Uma demonstração da estrutura debilitada, é o fato de o presídio não possuir um muro, sendo protegido apenas por alambrados. Para os agentes, a falta de estrutura e segurança coloca o trabalho diário em risco e compromete o controle sobre a população carcerária.

Ambas as estruturas carecem de tecnologia e medidas preventivas para conter as rebeliões e fugas. Devido a falta de recursos, a segurança dos policiais penais e da sociedade fica comprometida. Para os agentes, o governo deve investir não apenas na convocação de novos agentes, mas também em equipamentos e tecnologias que possibilitem uma vigilância mais eficaz. 

Assim, as tensões no sistema penitenciário só aumentam. “Se o governo não tomar medidas urgentes, as fugas vão continuar, e quem sofre é a sociedade”, desabafa o presidente do sindicato. “Sem agentes, tecnologia e investimentos, continuamos vulneráveis. Quando os presos fogem, os índices de criminalidade sobem, colocando em risco a segurança de todos”, conclui.

Redação Jurua24horas 

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