Na manhã desta segunda-feira (18), a Escola Cívico-Militar Madre Adelgundes Becker promoveu, no Teatro dos Náuas, a culminância de um projeto em homenagem ao Dia da Consciência Negra. A iniciativa buscou reforçar a importância do combate ao preconceito e valorizar a história e a cultura afro-brasileira, atendendo à Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da história afro-brasileira nas escolas.
De acordo com Francisco Marcones Nascimento da Silva, coordenador pedagógico da escola, o projeto envolveu diversas disciplinas de forma integrada, incluindo história, sociologia, filosofia e educação física. “O objetivo é promover a reflexão e passar uma mensagem de positividade e combate ao preconceito para todos os alunos”, explicou.
O evento contou com apresentações culturais como danças, roda de capoeira, recital dramatizado, coral, além da exposição de comidas típicas africanas e máscaras artesanais. Para Isabel Uchoa, aluna do 1º ano, participar do projeto foi uma experiência enriquecedora. “É um momento de aprendizado e de homenagear a história dos negros. Minha turma apresentou comidas típicas como cocada, canjica e arroz doce”, relatou a estudante.
O professor Robson Souza Siqueira, que também é militar da reserva e docente de história em uma outra instituição, destacou a importância do projeto para resgatar a memória e valorizar a história do povo negro. “É emocionante ver a história do meu povo sendo retratada. Projetos como esse ajudam a diminuir o preconceito e fortalecer a luta por igualdade e respeito”, afirmou.
Siqueira destacou ainda a força simbólica das artes expostas no evento. “Um dos quadros me emocionou profundamente, pois retrata o sofrimento histórico do negro no Brasil. É um reflexo do que ainda enfrentamos, mas também um sinal de que há mudanças em curso, ainda que pequenas.”
O projeto reafirma o papel da educação no combate ao racismo e na promoção da igualdade. A comunidade escolar, emocionada e engajada, espera que ações como essa inspirem mais iniciativas de valorização cultural e inclusão.
Redação Jurua24horas