Boato disseminado por moradores da CDP em WhatsApp teria motivado facção a matar Yara

No Instituto, numa análise detalhada, os peritos concluíram que não se tratava de uma ossada humana, mas sim de um cachorro, possivelmente.

Conversas apontadas como boatos no aplicativo de mensagem WhatsApp foram o estopim para que Yara Paulino da Silva, de 27 anos, fosse brutalmente linchada e morta na tarde desta segunda-feira, 24, sob a acusação de ter matado a própria filha, um suposto bebê de apenas 2 meses.

Inicialmente, ainda no local do crime, a perícia informou à imprensa que a ossada poderia ser de uma criança. No entanto, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmou na noite desta segunda-feira, 24, que a ossada encontrada no conjunto habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco, não pertence a um ser humano, mas sim a um animal, possivelmente um cachorro.

As primeiras informações apuradas pela polícia durante a tarde apontavam que um grupo de moradores teria se revoltado, invadido a casa da mulher e a espancado até a morte. Horas após as primeiras análises, a polícia chegou à conclusão de que a morte foi causado por membros da organização criminosa Bonde dos 13, que, ao saberem dos “boatos do zap”, se direcionaram primeiro até o ex-marido de Yara, Ismael Bezerra Freire, que negou ao grupo que tivesse desaparecido com a criança.

Após tirarem conclusão que o pai não sabia de nada, o bando foi até a casa de Yara interrogá-la e não encontraram a criança, mas sim uma ossada na região de mata próxima à casa, que entenderam ser de uma criança.

Após a constatação errônea, o grupo resolveu instalar o “Tribunal do Crime” e julgar Yara pela suposta morte do bebê. Ela foi morta a pauladas e e golpes de machado. Mesmo ferida, a mulher ainda conseguiu correr até a Rua Dom Próspero Bernardi, na quadra 5F, onde caiu e foi morta com golpes de machado na cabeça. Após o crime, os bandidos fugiram do local.

A Polícia Militar e Civil chegaram ao local do crime e isolaram a área para o trabalho dos peritos do Instituto Médico Legal (IML), que no primeiro momento, informaram à imprensa que a ossada poderia ser de uma criança. A ossada que estava dentro de uma saco de ração para cachorro foi recolhida junto com o corpo de Yara para o IML.

No Instituto, numa análise detalhada, os peritos concluíram que não se tratava de uma ossada humana, mas sim de um cachorro, possivelmente.

A Polícia então busca investigar o paradeiro do suposto bebê de dois meses, que pode estar desaparecido ou não. O ac24horas apurou que Yara tinha mais dois filhos, dois menores de 2 e 10 anos que moravam com a mãe, e viram a casa ser invadida por bandidos. Eles foram resgatados por uma irmã da vítima que os levou para o Parque de Exposições.

Novas diligências devem ser feitas para tentar saber o paradeiro do bebê, que supostamente nem teria sido registrado. Existe a possibilidade dessa criança nem existir e a polícia apura essa hipótese também.

Por Ac24horas 

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