As intensas chuvas que atingiram o Acre no início de 2025 provocaram uma drástica queda nos focos de queimadas. Entre janeiro e abril, o estado registrou apenas 43 ocorrências, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A marca representa uma redução de 99,5% em comparação com o segundo semestre de 2024, quando o clima seco favoreceu os incêndios florestais. O período chuvoso, característico do inverno amazônico, trouxe alívio temporário, mas também alagamentos em diversos municípios, atingindo milhares de famílias.
A chegada do verão amazônico deve mudar o cenário/ Foto: cedida
Ainda assim, especialistas alertam que o cenário pode mudar com a chegada do verão amazônico, quando as condições climáticas se tornam mais propícias à propagação do fogo, especialmente em áreas de limpeza de pastagens e terrenos.
Em 2024, o Acre teve um aumento de 32% nos focos de queimadas em relação ao ano anterior. A maior parte das ocorrências se concentrou no segundo semestre, que respondeu por 99% dos registros.
As consequências foram severas: cidades como Sena Madureira e Rio Branco figuraram entre as mais poluídas do país, com impactos diretos na saúde da população e na rotina escolar, as aulas chegaram a ser suspensas por conta da fumaça.
Embora o desmatamento tenha mostrado sinais de desaceleração, as queimadas seguem dificultando a regeneração da floresta, principalmente na Amazônia, que liderou o ranking dos biomas mais afetados em 2024, com mais de 140 mil focos registrados.
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