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O Acre registrou aumento nos casos de síndrome gripal (SG) em 2025, segundo o Boletim Epidemiológico nº 15 divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Entre as semanas epidemiológicas 1 a 20, foram contabilizadas 10.267 consultas por gripe nas três unidades sentinelas do estado, número superior aos registrados no mesmo período em 2023 (9.928) e 2024 (9.962).
A faixa etária mais atingida também mudou. Se antes a maioria dos casos se concentrava entre jovens de 20 a 29 anos, em 2025 a incidência maior passou a abranger o grupo de 20 a 39 anos. A intensificação da vigilância epidemiológica contribuiu para a maior identificação de vírus respiratórios circulantes, entre eles SARS-CoV-2, rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR), Influenza A, Influenza B e adenovírus.
A situação também é preocupante em relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Foram 953 internações notificadas até a 20ª semana epidemiológica de 2025. Crianças de 0 a 9 anos e idosos acima de 60 anos são os mais vulneráveis, com os maiores índices de internação. Os vírus mais detectados entre os hospitalizados foram SARS-CoV-2, Influenza A e B, rinovírus e VSR.
Apesar do avanço nos diagnósticos e notificações, o boletim aponta baixa cobertura vacinal contra a Influenza no estado. A média geral no Acre está em apenas 43,08%, muito abaixo da meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde. Municípios como Porto Acre, Bujari, Epitaciolândia e Rodrigues Alves apresentam os piores índices.
Entre os grupos prioritários, apenas a população privada de liberdade (70,9%) e as crianças (53,3%) superaram a marca de 50% de cobertura vacinal. Já categorias como caminhoneiros (3,5%), puérperas (2,72%) e pessoas com deficiência permanente (1,06%) têm índices alarmantemente baixos.
O boletim reforça a necessidade urgente de intensificar a campanha de vacinação e manter as medidas de prevenção, como uso de máscara, higiene das mãos e distanciamento social, especialmente durante o período sazonal de maior circulação dos vírus respiratórios. A Sesacre alerta que a imunização continua sendo a principal ferramenta para reduzir a morbimortalidade causada pela gripe e outras síndromes respiratório.
Por Contilnet