Juruá 24 horas

“A valorização não existe”, diz técnica de enfermagem após a aprovação de abono salarial de R$ 800,00.

Há um mês, profissionais de saúde de Cruzeiro do Sul foram as ruas da cidade reivindicar melhorias para a categoria.

Uma das pautas fazia referência ao pagamento do abono salarial. Na noite de quarta-feira (21), a câmara de vereadores de Cruzeiro aprovou, por unanimidade, o pagamento de R$ 800,00 para os profissionais de saúde.

Nos últimos anos por conta da pandemia, a rotina dos trabalhadores da saúde mudou completamente por conta da pandemia.

Algumas pessoas tiveram que se resguardar da própria família devido ao risco de levar a doença para casa. “No começo da pandemia todo mundo sabe o que aconteceu. As percas familiares, a perca de amigos , de profissionais na área de saúde. E a princípio isso que será repassado a nós, eu não acho uma valorização pra nós profissionais, porque nós perdemos muito”, disse a técnica de enfermagem Andreia Bezerra.

Atualmente o salário de um técnico de enfermagem, em Cruzeiro do Sul, gira entorno de R$ 1.400.

Para a profissional de saúde uma disparidade entre responsabilidade e reconhecimento. “Com o aumento da cesta básica o salário já não é suficiente nem para fazer a feira”, relatou Andreia Bezerra com lágrimas nos olhos.

Hoje com o processo de vacinação avançando, e com uma parcela de 98% do público alvo vacinado, Cruzeiro do Sul, experimenta uma redução significativa nos números de casos confirmados e de interações, trabalho, que para Andréia Bezerra, tem uma grande parcela de contribuição dos técnicos de enfermagem.”Se a gestão acha que fez alguma coisa, que valorizou a categoria, isso aí não serviu. Então, assim, pra nós é muito difícil, nós não estamos nenhum pouco animados com isso. Mas se eles acham que fizeram muita coisa, então a gente recebe, né ?” desabafou a técnica de enfermagem.

Valeria Lima, secretária municipal de saúde, disse que é indiscutível a importância dos profissionais de saúde, e agradece aos servidores pelo brilhante trabalho que foi feito por todos os trabalhadores da saúde básica, porém, o município não tem condições de ofertar um valor maior do que já foi acordado. “Sabemos do brilhante trabalho que esses profissionais executaram e continuam executando,mas eu venho aqui esclarecer que são dois fundos completamente diferentes aonde o abono dos professores jamais pode ser transferido para a saúde. E cara gerência tem que ser efetuada pelos seus fundos. Tem o fundo da educação e fundo da saúde”. disse a secretária de saúde.

 

Da redação Juruá24horas

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