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Corpo de brasileira é retirado de vulcão na Indonésia após 5 dias

Após cinco dias de buscas intensas, o corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi finalmente resgatado do Monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia. A operação foi concluída no início da manhã desta quarta-feira (25/6), no horário local, correspondente à noite de terça-feira no Brasil.

Juliana caiu em uma vala durante uma trilha no sábado (21/6) e ficou desaparecida desde então. A jovem participava de um mochilão pela Ásia e realizava o passeio turístico com outros viajantes, acompanhada por uma agência local. Ela escorregou e só parou a 300 metros do grupo, em uma região de difícil acesso.

Inicialmente, chegaram a circular informações de que ela havia sido socorrida, mas a própria família desmentiu os rumores. Juliana aguardou o resgate por quatro dias, mas devido ao mau tempo e à baixa visibilidade, a operação foi interrompida e retomada apenas quando as condições climáticas melhoraram.

O corpo foi localizado a cerca de 600 metros de profundidade por um socorrista voluntário. O resgate por helicóptero foi descartado, e a equipe optou por içar a vítima com o uso de cordas. O processo contou com 48 pessoas, incluindo especialistas em salvamento vertical, que enfrentaram terreno instável e forte neblina.

A retirada só foi possível ao amanhecer, considerado o momento mais seguro. Depois de içado, o corpo foi conduzido de maca até o posto de Sembalun, de onde seguirá de helicóptero para o Hospital Bayangkara para os trâmites legais.

Quem era Juliana Marins

Natural de Niterói (RJ), Juliana era publicitária e tinha mais de 20 mil seguidores nas redes sociais, onde compartilhava registros de viagens, fotos artísticas e apresentações de pole dance. Ela era formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e já trabalhou em canais do Grupo Globo, como Multishow e Canal Off.

Acidentes em alta

De acordo com dados do Parque Nacional do Monte Rinjani, os acidentes no vulcão têm crescido nos últimos anos. Em 2024, já foram registradas 60 ocorrências — quase o dobro de 2023. O local, famoso pelo turismo de aventura, exige preparo físico e atenção, sendo considerado de alto risco pelas autoridades.

Nas redes sociais, a equipe de resgate pediu respeito ao trabalho dos voluntários e alertou sobre os perigos da trilha: “Quando acontecer um acidente, não culpe os resgatistas, a menos que você já tenha estado no lugar deles”.

🖊 Matéria adaptada por ContilNet com informações do Metrópoles.

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