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Cruzeiro do Sul se prepara para possível cheia do Rio Juruá e define plano de ação para desabrigados

Diante da possibilidade de uma cheia severa do Rio Juruá nos próximos dias, a Prefeitura de Cruzeiro do Sul já colocou em prática seu plano de contingência para atender famílias que possam ser afetadas pelos alagamentos. O prefeito Zequinha Lima afirmou que a gestão está preparada para agir caso o nível do rio ultrapasse a cota de transbordo, que é de 13 metros.  

“Temos um plano elaborado pela Defesa Civil, que prevê ações imediatas para a retirada de famílias caso a água continue subindo. Estamos chegando à cota de transbordo e, se atingirmos 13,30 metros, podemos ter que começar as remoções. Já preparamos abrigos e equipes para dar toda a assistência necessária”, explicou o prefeito.  

Segundo Zequinha Lima, a cidade enfrenta um volume de chuvas acima do esperado. “Tínhamos uma previsão de 200 mm até 15 de março, mas só nas últimas 24 horas registramos quase 100 mm. Isso pode acelerar a elevação do rio, por isso estamos monitorando tudo em tempo real com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros”, ressaltou.  

Duas escolas já foram definidas como abrigos iniciais, e novos espaços poderão ser disponibilizados caso a situação se agrave. O município também conta com barcos, veículos e equipes para realizar as remoções quando necessário.  

A Secretaria Municipal de Saúde também já está mobilizada para prestar assistência às famílias desabrigadas e aos trabalhadores envolvidos no atendimento emergencial. O secretário de Saúde, Marcelo Siqueira, destacou que equipes médicas estarão presentes nos abrigos para garantir os cuidados necessários.  

“Vamos deslocar médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e psicólogos para prestar atendimento diretamente nos abrigos. Além disso, pessoas mais vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com deficiência, serão acomodadas em áreas diferenciadas para facilitar a assistência”, explicou.  

Outro foco da Secretaria de Saúde será a prevenção de doenças comuns no período pós-cheia. “Normalmente, após a descida do rio, temos um aumento de doenças hidrotransmissíveis, como diarreias, hepatites e infecções respiratórias. Por isso, estamos antecipando um bloqueio vacinal e ações preventivas para reduzir os casos nos próximos meses”, afirmou o secretário.  

A Prefeitura segue monitorando a situação do Rio Juruá e, caso a cheia avance rapidamente, novas medidas poderão ser adotadas para garantir a segurança da população.  

Jurua24horas 

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