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Explosão de casos de zika vírus no Acre acende alerta nas autoridades de Saúde

O avanço do zika vírus no Acre transformou o estado no epicentro da doença em 2024. Com 26,3 casos prováveis por 100 mil habitantes, o território acreano ultrapassou todos os demais estados brasileiros em incidência proporcional, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde.

Apenas nas primeiras 12 semanas epidemiológicas do ano, 232 notificações foram feitas. Embora não haja registro de óbitos, o cenário preocupa pela velocidade de propagação e pelo perfil das vítimas: a maioria é composta por mulheres (59%), em especial entre 20 e 29 anos. A população parda representa 87,5% dos infectados até agora.

A zika, causada pelo vírus ZIKV, é uma arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e da chikungunya. Descoberto inicialmente em 1947, o vírus ganhou notoriedade no Brasil após os surtos de 2015 e 2016, quando foi associado a quadros de microcefalia em recém-nascidos e à síndrome neurológica de Guillain-Barré.

Os sintomas, embora muitas vezes leves ou até ausentes, incluem febre baixa, manchas na pele, dores articulares e musculares, conjuntivite não purulenta e cansaço. A infecção costuma durar de dois a sete dias, mas pode trazer riscos significativos para mulheres grávidas.

Com o aumento expressivo de casos, especialistas reforçam a necessidade de ações urgentes de controle do mosquito transmissor. Entre as recomendações estão o uso de repelentes, a eliminação de água parada e a vigilância redobrada por parte de gestantes.

O Ministério da Saúde segue monitorando a situação em todo o território nacional. No Acre, autoridades sanitárias alertam para a importância da notificação precoce e da mobilização comunitária no enfrentamento da doença.

FOLHA DO ACRE

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