Turismo espiritual e conexão com a floresta: Porto Walter investe em inovação com raízes culturais

Iniciativas locais unem espiritualidade, preservação ambiental e empreendedorismo cultural, projetando Porto Walter como destino emergente de turismo consciente e reconexão com a natureza, no coração da Amazônia acreana

Localizado no coração da floresta amazônica, o município de Porto Walter está se reinventando como um destino de turismo alternativo, que mistura espiritualidade, tradição indígena e contato profundo com a natureza. A iniciativa de moradores como o professor e empreendedor Arisson Ferreira e o líder espiritual Igor Felipe, presidente de um instituto Novo Amanhecer de medicina tradicional, representa uma nova fase para a cidade: o turismo de experiência, com alma e ancestralidade.

🛖 Natureza, hospedagem e conexão: projeto quer atrair turistas de todo o mundo

Com a chegada de turistas nacionais e estrangeiros especialmente europeus interessados em vivências espirituais , seu Aresu está investindo na criação de uma hospedagem alternativa, integrada ao ambiente natural, com cabanas e áreas de convivência.

“Sempre gostei da natureza e de um ambiente mais reservado. A ideia é oferecer espaços para que os visitantes possam repousar, passar a noite ou o dia com tranquilidade, trazendo seus mantimentos e se sentindo parte do ambiente”, conta ele.

Segundo o professor, a meta é tornar Porto Walter um destino acolhedor para quem busca mais do que lazer: busca reconexão, cura e autoconhecimento. “Com esse projeto, queremos recepcionar melhor quem chega e fortalecer o turismo aqui na cidade”, explica.

 Ayahuasca, Rapé e raízes: a medicina da floresta que sustenta famílias

Enquanto a iniciativa de Arisson prepara a estrutura física, o Instituto liderado por Igor Felipe já oferece uma imersão cultural e espiritual por meio da medicina da floresta, especialmente o uso do rapé e da ayahuasca também chamada de Daime, bebida sagrada de origem indígena, conhecida por suas propriedades terapêuticas e espirituais.

“Comecei aos 15 anos com minha mãe, que é de origem indígena. A ayahuasca e o rapé mudaram a minha vida. Hoje, toda a minha família consome e produz. Com isso, conseguimos sustentar nossas casas”, afirma Igor.

O rapé é feito a partir de tabaco, cinzas específicas e ervas, enquanto o Daime é produzido com o cipó e a folha chacrona, cozidos lentamente até atingir o ponto certo. O instituto, além de preservar a tradição, também realiza parcerias com apoiadores de estados como Santa Catarina e São Paulo, que financiam parte da produção em troca da distribuição da medicina para fora do Acre.

“São quatro famílias que vivem disso. Com o rapé e o Daime, conseguimos comprar comida, material escolar, manter os filhos. A medicina nos deu dignidade”, afirma.

Aceitação crescente e combate ao preconceito

Apesar do impacto positivo, a prática espiritual ainda enfrenta resistência em alguns setores religiosos. Igor reconhece que o preconceito existe, mas acredita que a aceitação tem avançado.

“Hoje está mais tranquilo, mas algumas pessoas ainda têm preconceito. A gente acredita que com informação, respeito e vivência, essa visão vai mudar. Estamos de braços abertos para quem quiser conhecer”, convida.

Convite à experiência

A soma desses esforços mostra um novo caminho para Porto Walter: unir turismo, cultura, espiritualidade e sustentabilidade. Tanto o projeto de hospedagem de Arisson quanto o Instituto de Medicina da Floresta de Igor mostram que o município tem potencial para se tornar um polo de turismo de reconexão com a natureza, em plena Amazônia acreana.

“A gente tem o que o mundo está procurando: paz, floresta, tradição e cura. Só precisamos mostrar isso com orgulho e acolhimento”, conclui Igor.

Redação Juruá24horas 

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