Um alerta emitido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) trouxe preocupações para os moradores do Acre, indicando que a estiagem que atinge o estado deve persistir até dezembro, devido à intensificação do fenômeno El Niño. Até lá, as previsões apontam para volumes de chuva abaixo da média, o que levanta preocupações com a disponibilidade de água e a agricultura local.
Desde maio, diversas áreas do Acre têm enfrentado chuvas abaixo do normal, o que já vem afetando a vida cotidiana dos habitantes. O Cemaden sugere que essa situação pode ser uma consequência do inverno mais quente provocado pelo El Niño. O déficit de chuvas registrado entre julho e setembro no interior do Acre tem sido um dos mais severos desde 1980, segundo o órgão.
“Em grande parte do território acreano, observa-se uma anomalia de chuvas de -100 a -150 milímetros. Devido ao déficit acumulado de precipitação, a umidade do solo alcançou níveis críticos ao longo do mês de setembro,” alertou o Cemaden.
Além disso, o Cemaden chama a atenção para a possibilidade de que, com previsões abaixo da média para o início da estação chuvosa na Região Amazônica, entre novembro e dezembro, alguns rios do Acre possam não atingir os níveis normais, o que pode impactar ainda mais o abastecimento de água e a vida aquática na região.
A situação já levou o estado a decretar situação de emergência em várias cidades. É crucial que os moradores estejam preparados para enfrentar a estiagem prolongada, conservando água e adotando medidas para minimizar os impactos nas atividades agrícolas, pecuárias e no dia a dia.
O fenômeno El Niño, que eleva as temperaturas do Oceano Pacífico e afeta o clima em várias partes do mundo, está tendo um impacto significativo no Acre, levando à seca extrema e exigindo a atenção das autoridades e da população local para enfrentar essa desafiadora situação climática.
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