A alta nos produtos alimentícios em todo o país, que tem sido um dos motivos para a queda nos índices de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que tem gerado crise na economia brasileira, está tendo grande impacto no estado e atingindo em cheio famílias de baixa renda, tanto na capital quanto no interior.
Estudos encomendados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio-AC) e divulgados nesta quinta-feira (30) revelam que, no período de outubro de 2024 a janeiro de 2025, o custo da cesta básica de alimentos em Rio Branco teve um aumento de 11,95%.
De acordo com o estudo, o aumento, mais que o dobro da inflação no mesmo período, impactou o mercado de consumo e representa uma ameaça real à capacidade de compra das famílias de baixa renda.
Dentre os itens considerados para o cálculo da cesta básica, a carne bovina continua sendo o produto com maior aumento de preço no período (42,95%), seguida pelo café em pó, com aumento de 41,35%.
Os preços pesquisados apontam o custo da cesta básica de alimentos necessária para a alimentação regular das famílias em Rio Branco. O estudo também evidencia a crescente pressão sobre o orçamento das famílias com renda média de até R$ 2.000,00.
Na comparação entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, a cesta básica teve um aumento de 10,34%, encarecendo os itens necessários para o sustento de uma família com três adultos ou dois adultos e duas crianças.
O estudo considerou 15 itens alimentícios essenciais, como carne, leite, arroz e feijão, obtendo preços médios em três supermercados locais. Em janeiro de 2025, o valor total da cesta básica atingiu R$ 666,80, com destaque para a carne bovina, que apresentou o maior incremento no período (42,95%), seguida pelo café em pó (41,35%).
A alta nos preços dos alimentos impacta diretamente o consumo das famílias de baixa renda, que precisam reavaliar suas prioridades alimentares. “O cenário atual reforça a necessidade de políticas públicas que promovam maior acessibilidade aos alimentos essenciais, garantindo o direito à alimentação adequada”, avaliou o assessor da presidência da Fecomércio-AC, Egídio Garó.
Garó também destacou a importância de acompanhar essas oscilações para propor ações que minimizem os efeitos econômicos na população. “Os dados deste estudo são um alerta para que o setor produtivo, em conjunto com o poder público, busque soluções que estabilizem os custos e evitem a queda no consumo”, disse.
Entre os itens pesquisados, outros produtos que apresentaram variações significativas incluem a banana (aumento de 73,85% entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025) e o tomate (alta de 12,02% no mesmo período). Por outro lado, alguns itens, como o pão francês e o óleo, registraram oscilações mais moderadas.
Por Contilnet