Juruá 24 horas

Aprovados em concurso da Polícia Civil continuam com protesto em frente ao Palácio Rio Branco

Aprovados no concurso da Polícia Civil continuam com protesto em frente ao Palácio Rio Branco para pressionar o governo pela convocação dos que estão no cadastro de reserva.

No último dia 10, o governador convocou 17 candidatos aprovados para o curso de formação policial. No entanto, para o grupo, esse número ficou muito abaixo do esperado, uma vez que cerca de 500 pessoas aguardavam pelo chamamento do governo.

Em meio ao grupo está Jorge Orleanes, que saiu de Cruzeiro do Sul até a capital e permanece acorrentado para reforçar o movimento.

“Nossa reivindicação é que o governador convoque a gente para a última fase do nosso concurso, que é o curso de formação policial. A gente não quer de imediato que ele chame a gente, porque sabemos das condições financeiras do estado. Queremos só terminar o concurso, para que assim que for possível e o estado passe a ter recurso, ir chamando aos poucos os policiais. Sabemos que a sociedade precisa de segurança. Estamos acampados aqui e até agora ele [governador] não enviou ninguém e não fala nada”, disse Orleanes.

Governo diz que não há mais vagas

Em nota assinada pelo delegado-geral de Polícia Civil, Josemar Portes na manifestação do dia 17 de novembro, o governo informou que não há mais vagas para convocação da Polícia Civil, ou seja, o quadro de pessoal está 100% ocupado.

“A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que regula as questões financeiras dos estados, estabelece um teto para gastos da administração pública com custeio de pessoal, este está no limite da gestão estadual. Outro ponto a se relevar é que todos os cargos disponíveis já foram convocados. Se o gestor público não atentar para tais questões, incorre em crime de responsabilidade perante a legislação em vigor. Por fim, o governo do Estado cumpriu a promessa, repondo todos os cargos vagos como preconiza a lei”, pontuou.

A convocação tinha sido prometida por Cameli desde a campanha e no mês passado, após protestos. Em agosto deste ano, o governador chegou a questionar se o cadastro de reserva da Polícia Civil era legal. Na época, ele enfrentou protestos durante o desfile da Revolução Acreana e disse:

“Eles fizeram seu concurso público, estão há mais de três anos esperando para que possam ser chamados. Não posso sair resolvendo os problemas da noite para o dia de tudo que recebemos do estado. Mas, eu e minha equipe estamos trabalhando para que, no momento oportuno seja cumprido, e eles sabem disso, porque já conversei, já expliquei e dei até previsões. Infelizmente estou com as mãos atadas porque tenho uma lei de responsabilidade e não posso comprometer a folha de pagamento, mas no momento oportuno, nós vamos convocar. Cadastro de reserva para a Polícia Civil, conforme a lei, será que realmente existe? Essa é a pergunta que fica”, questionou na época.

g1

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