O cirurgião geral Marlon Holanda, que atua em Cruzeiro do Sul, postou, neste domingo, 17, nas redes sociais um caso que deve alertar os pais: nos stories, o médico mostra o procedimento de retirada de uma bateria em um bebê indígena de um ano. O incidente ocorreu no sábado, 16, à noite.
Segundo o médico, a criança – da etnia Ashaninka – foi de Marechal Thaumaturgo a Cruzeiro do Sul para a retirada de um pedaço de um brinquedo, consumido pelo bebê dois dias antes. “A mãe não queria vir, por não falar direito português, mas a convenceram e ela veio. Foi realizada uma radiografia e foi identificada que era uma bateria, que é algo muito perigoso”, explicou o médico.
A periculosidade do caso se dá porque, após a ingestão de um objeto assim, a retirada tem de ser feita, no máximo, até duas horas após. “Porque a bateria rompe e começa a soltar íons, alcalinos que fazem uma lesão muito grande da mucosa do esôfago. Nós retiramos no domingo pela manhã”, informou, acrescentando que o processo foi difícil, já que o objeto era muito grande para a criança. “Tinham várias lesões graves na mucosa do esôfago, mas ainda não tinha perfuração”, explicou.
A criança está estável e provavelmente vai ser transferida para Rio Branco para ser acompanhada por cirurgiã pediátrica. “Agora, será realizada uma tomografia para avaliar maiores riscos de perfuração do esôfago”, informou.
Alerta
O especialista aproveitou para fazer um alerta aos pais para o pleno entendimento da gravidade do problema. “Por isso, aconselho aos pais que não deixem brinquedos pequenos próximos às crianças, a não dar brinquedos pequenos caso eles tenham uma bateria ou pilha, porque são os de maiores riscos; em caso de suspeita de ingestão, com a criança com dificuldade de respirar, a indicação é encaminhá-la ao centro de saúde mais próximo o mais rápido possível.
Por A Gazeta do Acre