A liderança indígena do povo Ashaninka, Benki Piyãko, promoveu um intercâmbio com os Ashaninkas do Peru para partilhar experiências sobre a criação de tartarugas. A ação compõe o Projeto Tracajás.
“A criação de tracajás em nossa comunidade Apiwtxa foi e ainda é um projeto pioneiro e de extrema importância para o repovoamento desta espécie nos rios da região. Ao longo de todo esse trabalho conseguimos recuperar em torno de 5000 tracajás, que vivem em nossos açudes e repovoam o rio Amônia, igarapés e lagos de nosso território”, explica Benki.
Atualmente Benki desenvolve o projeto no Instituto Yorenka Tasorentsi, em Marechal Thaumaturgo, e fez parceria com os Ashaninkas de Doce Gloria, no Peru. Todos os anos, alguns membros da comunidade enviam 15-30 pequenas tartarugas para serem criadas aqui no centro. Hoje Yorenka Tasorentsi tem cerca de 50 tartarugas nos açudes.
“Em 1995, graças ao apoio do Funbio, conseguimos fortalecer nosso projeto de criação de tracajás. E com o apoio técnico da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-AC), criamos praias de desova para os tracajás e açudes em nossa comunidade, onde a população de tracajás pudesse se recuperar”, relembra Benki.
Em suas redes sociais, Benki Pyiãko, que está entre os acreanos que compõem a equipe de transição de Lula, compartilhou a experiência promovida junto aos indígenas do Peru.
Redação Juruá24HORAS