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Celulares na escola: nova lei federal traz desafios e oportunidades para a educação em tempos digitais

A recente lei federal que proíbe o uso de celulares em salas de aula em todo o Brasil, sancionada em 2025, tem gerado debates sobre como equilibrar a vida digital dos estudantes com o ambiente escolar. A medida, que visa melhorar o desempenho acadêmico e fortalecer as interações presenciais, exige um esforço conjunto de famílias, educadores e instituições de ensino para garantir uma transição eficaz e positiva.

O Colégio Visconde de Porto Seguro, reconhecido por sua excelência em educação tecnológica e socioemocional, tem se destacado na implementação de práticas que ajudam alunos, famílias e professores a lidarem com essa nova realidade.


Para Meire Nocito, Diretora Institucional Educacional do Colégio Visconde de Porto Seguro, o processo de desapego digital deve ser conduzido com cuidado e estratégia. “Conscientizar os alunos sobre os benefícios das interações off-line é o primeiro passo. Precisamos educar as crianças e os jovens para entenderem as vantagens de desconectar-se em certos momentos”, afirma.

A escola tem adotado práticas que envolvem toda a comunidade escolar, incluindo familiares e professores, em um movimento amplo para ressignificar o uso da tecnologia. “O objetivo é promover um ambiente de aprendizado mais focado e interativo”, explica Meire.


Meire destaca que o suporte das famílias é fundamental nesse processo. “Os pais são importantes referências de comportamento para os filhos. Se eles incentivam um uso mais consciente dos dispositivos digitais em casa, as crianças tendem a seguir esse exemplo”, diz.

Entre as estratégias recomendadas estão a criação de regras claras para o uso de celulares em casa, como estabelecer zonas livres de telas durante as refeições ou na hora de dormir. “Esses momentos são preciosos para fortalecer laços familiares e ensinar as crianças e os jovens a se desconectarem gradativamente”, pontua.

Além disso, a diretora sugere incentivar atividades que promovam interações fora do ambiente virtual, como esportes, leituras ou hobbies criativos. “O desafio é substituir o tempo gasto no celular por experiências que agreguem valor ao desenvolvimento e ao bem-estar dos jovens”, reforça.

Professores como agentes transformadores
Nas escolas, os professores também têm um papel crucial nessa adaptação. Joice Lopes Leite, Diretora Institucional de Educação Digital do Colégio Visconde de Porto Seguro, ressalta que o diálogo entre educadores e alunos é essencial. “Os dispositivos eletrônicos trazem ganhos significativos para a aprendizagem quando usados para fins pedagógicos, mas é preciso equilibrar isso com o contato humano e o aprendizado colaborativo”, explica.

O colégio tem investido em projetos que estimulam a criatividade e a resolução de problemas sem depender exclusivamente de dispositivos eletrônicos. “Quando o jovem entende o porquê de limitar o uso do celular, ele tende a enxergar isso como um ganho, não como uma imposição”, afirma Joice.


A proibição do uso de celulares nas escolas é vista como uma oportunidade para repensar a dinâmica entre educação, tecnologia e família. “Não se trata de demonizar o celular, mas de ensinar os alunos a usá-lo de forma mais equilibrada”, argumenta Joice.

Ela destaca que a tecnologia continua sendo relevante no aprendizado, mas deve ser utilizada de forma planejada e mediada. “Existe um momento certo para usar a tecnologia na educação, e o ambiente escolar deve ser um lugar de equilíbrio, onde as ferramentas digitais sejam complementares à experiência presencial”, conclui.

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