O Ministério da Saúde (MS) anunciou neste mês de abril que destinará ao Acre R$ 1,3 milhão para o desenvolvimento da Estratégia de Vacinação nas Escolas, da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e do Monitoramento das Estratégias de Vacinação no Brasil no ano de 2024.
Desse montante, R$ 178,8 mil serão destinados ao desenvolvimento de estratégias pelo governo do estado, enquanto 22 municípios acreanos receberão R$ 1 milhão.
O público-alvo dessas medidas, segundo o MS, são crianças e adolescentes menores de 15 anos. O investimento visa aprimorar os resultados alcançados até o momento: desde 2023, a pasta registrou aumento nas coberturas vacinais de 13 dos 16 principais imunizantes do calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Entre os destaques de crescimento estão as vacinas contra a poliomielite, hepatite A, febre-amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e pneumocócica. Ao todo, serão destinados R$ 150 milhões para custear ações de vacinação em todo o país.
Do total do valor destinado para todo o país, R$ 15 milhões serão repassados aos estados e R$ 135 milhões para os municípios. O recurso será destinado em parcela única, para que os municípios possam se programar ao longo do ano.
A meta é também incentivar os municípios a realizarem estratégias de vacinação envolvendo escolas. O Ministério da Saúde propôs uma agenda prioritária de imunização nas escolas a ser adotada, cujo público-alvo são as crianças e adolescentes menores de 15 anos.
Em 2023, com as ações de microplanejamento coordenadas pela pasta, 3.992 municípios brasileiros declararam ter feito alguma ação envolvendo ações de vacinação nas escolas, como checagem de caderneta ou vacinação em ambiente escolar.
Outro objetivo do repasse é a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que está planejada para o primeiro semestre nos 5.570 municípios. O objetivo da mobilização é ampliar a vacinação e proteger contra a poliomielite as crianças menores de 5 anos, por considerar o risco de reintrodução da doença, que está em processo de erradicação e não é diagnosticada no Brasil desde 1989. Neste ano, também será realizada a substituição dos reforços com a vacina oral poliomielite (VOP) por um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP).
Diante destes cenários e dos compromissos assumidos para a erradicação da poliomielite e a eliminação do sarampo, neste ano, serão monitoradas as estratégias de vacinação realizadas contra essas doenças, com o objetivo de identificar crianças menores de 5 anos de idade não vacinadas ou com esquema de vacinação incompleto. O acompanhamento das estratégias é considerado fundamental para reduzir as lacunas de imunidade da população.
Cenário nacional
Mais de 60% dos municípios brasileiros não atingiram no ano de 2023 a meta de 95% de cobertura vacinal recomendada pelo Ministério da Saúde, quando considerados os imunizantes aplicados durante o primeiro ano de vida.
Ainda que o total de cidades no país que alcançaram o índice tenha saltado de 1.745 em 2022 para 2.100 no último ano, os números mostram-se aquém do necessário.
A única exceção refere-se à primeira dose da tríplice viral, que se igualou ou superou a meta em 3.084 cidades. Aplicada a partir dos 12 meses de vida, a vacina protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Entretanto, a marca despenca na segunda dose, ministrada aos 15 meses. Nesse caso, apenas 1.326 atingiram o índice preconizado pelo ministério.
Por Ac24horas