A seca intensa e a falta de chuvas na região de Cruzeiro do Sul têm aumentado significativamente o número de queimadas. Em apenas 24 horas, o Corpo de Bombeiros atendeu 26 ocorrências de incêndio, a maioria delas em áreas de vegetação. O comandante interino do Corpo de Bombeiros em Cruzeiro do Sul, Tenente Rosenildo Pires, ressaltou que os números são preocupantes e vêm crescendo nos últimos meses.
Na noite de ontem, uma das ocorrências foi registrada no bairro Saboeiro, onde um incêndio de grandes proporções em uma área de vegetação ameaçou diversas casas. A equipe de socorro foi acionada por volta das 20h50 e, após cerca de uma hora de combate, conseguiu controlar as chamas. Segundo o Tenente Rosenildo, aproximadamente 8 mil metros quadrados de vegetação foram queimados, mas a rápida ação dos bombeiros preservou outros 15 mil metros quadrados.
O aumento no número de incêndios florestais é grande. Em agosto, o 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros registrou 206 ocorrências, 50 a mais do que em julho. E nos primeiros dez dias de setembro, já foram atendidas mais de 70 ocorrências, um sinal de que a situação continua crítica.
Mesmo com a operação Fogo Controlado, que realiza ações preventivas como palestras em escolas e rondas em bairros e áreas rurais, os incêndios continuam a ocorrer. “Embora as ações de prevenção estejam sendo feitas, os incêndios continuam aumentando, principalmente devido à estiagem prolongada”, afirmou o Tenente.
Para dar conta da alta demanda, o Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul tem recebido reforços de militares da capital Rio Branco. Além disso, brigadistas da Secretaria de Meio Ambiente de Rodrigues Alves têm auxiliado nas operações de combate aos incêndios.
O Tenente também mencionou outros fatores que agravam a situação, como a cultura regional de queimar lixo e terrenos, que, devido à seca, acabam causando incêndios descontrolados, e atos de vandalismo, com incêndios provocados às margens de rodovias.
O Corpo de Bombeiros trabalha em integração com órgãos ambientais como ICMBio, IBAMA e IMAQ, além da Secretaria de Segurança Pública do Estado, para minimizar os danos à fauna, à flora e às comunidades afetadas.
A situação é preocupante, e a população precisa colaborar, evitando o uso de fogo para limpar terrenos e descartando resíduos de forma correta, para que as queimadas possam ser controladas.
jurua24horas