Entre os dias 13 e 15 de maio, a Universidade de Brasília (UNB) em Cruzeiro do Sul tornou-se o centro de uma importante oficina de formação. O evento, organizado pelo governo do Acre através da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), visa capacitar agentes de saúde e pesquisadores populares no combate à leptospirose.
A leptospirose, uma doença infecciosa transmitida principalmente por roedores, é uma preocupação crescente na região do Juruá, especialmente durante períodos de inundação. O Acre é o terceiro estado brasileiro com o maior índice da doença, com a maioria dos casos registrados em Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
A oficina reúne profissionais da saúde e pesquisadores em um esforço conjunto para enfrentar a doença, com a participação de diversos órgãos públicos, incluindo o Ministério da Saúde, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Secretaria de Saúde Indígena, a Universidade Federal do Acre (Ufac), a Divisão de Vigilância em Saúde, o Centro de Zoonoses, entre outros.
Os sintomas da leptospirose, que incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, são frequentemente confundidos com os de outras doenças como gripe e dengue. O tratamento envolve o uso de medicamentos e medidas de suporte, sempre sob orientação médica.
Tenente França, do Corpo de Bombeiros, destacou a importância da infraestrutura sanitária e do controle de roedores para prevenir surtos. Roberto Ferreira, pesquisador da Fiocruz, mencionou o desenvolvimento do “Expresso Lepto”, um projeto que utiliza tecnologia social para mapear portadores da doença. Sheila Andrade, enfermeira do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), enfatizou a relevância da oficina para a qualificação dos profissionais e a redução da incidência da doença.
Esta iniciativa representa um passo significativo no fortalecimento das estratégias de prevenção e controle da leptospirose em Cruzeiro do Sul, contribuindo para a saúde e bem-estar da população local.
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