A Secretaria Municipal de Saúde de Cruzeiro do Sul está em estado de alerta após o registro de cerca de 80 casos de sarampo na Bolívia, país que faz fronteira com o Brasil, especialmente com o estado do Acre. Embora a regional do Juruá não tenha fronteira direta com a Bolívia, a proximidade geográfica e o fluxo de turistas aumentam o risco de transmissão da doença na região.
O secretário de Saúde do município, Marcelo Siqueira, explicou que a situação no país vizinho serve como um sinal de alerta para o Brasil, principalmente porque os últimos casos registrados em território nacional foram, em sua maioria, importados, ou seja, de pessoas que viajaram ao exterior ou turistas infectados.
“Temos que lembrar que nossa região recebe um grande número de turistas, e o sarampo é uma doença altamente infectocontagiosa. Já foi erradicada no Brasil graças à vacinação, mas pode voltar se a cobertura vacinal não for mantida”, afirmou o secretário.
Ações de prevenção e vacinação
A partir do dia 11 de julho, a Secretaria de Saúde vai implementar um conjunto de ações de conscientização e vacinação contra o sarampo. A campanha visa reforçar a importância da imunização, tanto para crianças quanto para adultos.
Atualmente, o calendário vacinal prevê:
- 1ª dose com 11 meses e 29 dias de vida (antes de completar um ano);
- 2ª dose aos 15 meses de idade;
- Pessoas entre 1 e 29 anos de idade que nunca tomaram a vacina devem tomar duas doses;
- Pessoas entre 30 e 59 anos devem tomar uma dose da vacina;
- Em caso de surto, a faixa etária pode ser reduzida e a vacinação pode começar a partir dos 6 meses de idade.
“A vacina contra o sarampo já está disponível na nossa rede pública. É importante que os pais levem as crianças, e que todos que não têm certeza se tomaram a vacina procurem uma unidade de saúde. A única forma de evitar o retorno dessa doença é a imunização em massa”, reforçou Marcelo Siqueira.
Riscos e complicações do sarampo
O secretário também alertou que o sarampo é uma doença grave e potencialmente fatal, com risco de causar pneumonia, meningite, cegueira, surdez e até mesmo levar ao óbito.
Redação Juruá24horas