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Servidora nega ter sido alertada sobre água quente em banho de bebê na maternidade, diz delegado

O delegado Vinícius Almeida, responsável pela investigação sobre o caso da bebê Aurora, vítima de queimaduras durante o banho na Maternidade de Cruzeiro do Sul, informou que o inquérito está praticamente concluído. A autoridade policial aguarda apenas a entrega dos laudos técnicos para definir a tipificação legal da conduta da profissional de saúde envolvida no episódio.

Segundo o delegado, a servidora responsável por dar banho na criança foi ouvida na última sexta-feira (28). Em seu depoimento, a profissional afirmou que testou a temperatura da água no próprio pulso antes de utilizá-la no banho. Ela alega que não recebeu alertas das outras pessoas que estavam na sala sobre a possibilidade de a água estar quente demais.

“Ela disse que testou a água e que não foi alertada por ninguém de que estaria quente. No entanto, outras testemunhas afirmaram em seus depoimentos que tentaram alertá-la”, explicou o delegado.

Questionado sobre o histórico da servidora, o delegado informou que, segundo levantamento preliminar, ela atua há mais de dez anos na maternidade e não possui histórico de má conduta profissional.

Sobre relatos de que a servidora estaria enfrentando problemas psicológicos, o delegado declarou não ter essa informação confirmada. No entanto, reconheceu que a repercussão do caso gerou temor por parte da investigada, especialmente diante de comentários em redes sociais e supostas ameaças.

“Ela demonstrou estar abalada emocionalmente, e há sim um temor com a exposição pública e o julgamento nas redes sociais, o que tem gerado um ambiente de insegurança”, afirmou.

O caso gerou grande comoção na cidade e repercutiu em todo o estado. 

A conclusão do inquérito e a definição da eventual responsabilização criminal da servidora dependem agora da análise dos laudos solicitados pela Polícia Civil.

Redação Juruá24horas 

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