Sheldon Thomas foi acusado por um homicídio durante um tiroteio no Brooklyn em 2004.
Um juiz do tribunal distrital do Brooklyn anulou, nesta quinta-feira (9), a condenação de um homem que passou 18 anos preso por um assassinato que não cometeu, e que foi sentenciado com base em uma fotografia de outra pessoa.
Sheldon Thomas, de 35 anos, foi acusado e condenado a 25 anos de prisão pelo homicídio de Anderson Bercy, de 14 anos, e lesão corporal em outro adolescente, em 24 de dezembro de 2004, durante uma troca de tiros no Brooklyn, em Nova York.
Após ordenar uma nova investigação, 18 anos depois, o promotor distrital Eric González pediu que a sentença fosse anulada e a acusação retirada.
O juiz Matthew D’Emic cumpriu os trâmites nesta quinta e o “Sr. Thomas saiu do tribunal como um homem livre”, disse uma fonte judicial à AFP.
Em princípio, a acusação assegurou que Sheldon e outras duas pessoas, todos pertencentes a uma mesma gangue, participaram do tiroteio. Contudo, segundo as provas, apenas duas armas foram usadas para realizar disparos de dentro de um carro.
Uma testemunha chegou a identificar duas pessoas que estavam em um carro, mas nenhuma delas era Sheldon.
No entanto, um detetive mostrou à testemunha uma foto de outra pessoa, também chamada Sheldon Thomas, existente em uma base de dados da polícia. Ela o reconheceu como um dos autores dos disparos.
Segundo a nova investigação, que colheu o depoimento de várias testemunhas, os policiais envolvidos no caso estavam decididos a prender Sheldon e utilizaram um procedimento de identificação falho como pretexto.
Em uma audiência realizada em 2006, descobriu-se a existência de falso testemunho sobre as fotos, mas o juiz decidiu seguir adiante com o processo alegando que havia causa provável para prender Thomas, com base em “denúncias anônimas” e no fato de que os dois homônimos se pareciam.
Antes do início do julgamento, a promotoria retirou as acusações contra um dos suspeitos. Com o andamento dos procedimentos, o juiz absolveu o segundo acusado, mas Thomas acabou condenado a 25 anos de prisão por homicídio em segundo grau e tentativa de homicídio.
Por G1
Redação Juruá24HORAS