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Dinamarca anuncia doação ao Fundo Amazônia e reforça cooperação internacional para preservação ambiental

A Dinamarca anunciou, nesta sexta-feira (29), a doação de 150 milhões de coroas dinamarquesas (cerca de R$ 127 milhões) ao Fundo Amazônia, iniciativa global de referência para a redução de emissões por desmatamento e degradação florestal. O anúncio foi feito durante a reunião anual dos doadores do fundo, realizada em Brasília, e marca a entrada do país como o mais novo integrante entre os sete doadores internacionais.

O evento contou com a participação, por videoconferência, da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, além de representantes de outros países doadores, como Noruega, Reino Unido, Suíça, Japão, Alemanha e Estados Unidos. Também estiveram presentes autoridades brasileiras, incluindo o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e o vice-chefe de missão da Embaixada Real da Dinamarca, Leif Kokholm.

Em sua fala, Marina Silva destacou a importância do Fundo Amazônia como modelo de mecanismo financeiro para enfrentar o desmatamento e a crise climática. “O fundo não apenas combate a criminalidade ambiental, mas também investe em pesquisa, inovação e desenvolvimento sustentável, promovendo um novo ciclo de prosperidade em meio ao agravamento das mudanças climáticas”, disse a ministra.

Queda no desmatamento reforça credibilidade

A redução de 30,63% no desmatamento da Amazônia no último ano, segundo o sistema Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foi um dos destaques da reunião. Com a menor taxa de desmatamento registrada em 15 anos, o Brasil reforça sua credibilidade na gestão ambiental, atraindo novos parceiros para o fundo. Desde sua criação, em 2008, o Fundo Amazônia já recebeu R$ 4,5 bilhões em doações e beneficiou mais de 652 organizações da sociedade civil, impactando diretamente 239 mil pessoas.

Naturezas Quilombolas: nova iniciativa do Fundo Amazônia

Durante o encontro, foi lançada a iniciativa “Naturezas Quilombolas”, que destinará R$ 33 milhões a comunidades quilombolas na Amazônia Legal. Os recursos serão usados para apoiar práticas de gestão territorial e ambiental, contribuindo para a efetivação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (PNGTAQ).

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou o papel fundamental das comunidades quilombolas na proteção da natureza e reforçou que a iniciativa é uma medida de justiça ambiental e climática. “Esse edital garante a sustentabilidade das práticas tradicionais e produtivas dessas comunidades, promovendo também sua segurança alimentar e preservação cultural”, afirmou.

Cooperação internacional

O vice-chefe de missão da Embaixada da Dinamarca, Leif Kokholm, ressaltou a importância da colaboração entre os países. “Este aporte reforça nosso compromisso com a preservação da Amazônia e inaugura um caminho de cooperação ainda mais forte entre o Brasil, a Dinamarca e os demais parceiros, especialmente em um momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP30 em Belém no próximo ano.”

Com a formalização do contrato com o governo dinamarquês, o Fundo Amazônia segue avançando como um dos principais instrumentos de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, reafirmando a relevância do Brasil no combate ao desmatamento e às mudanças climáticas.

JURUA24HORAS

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