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Embrapa ensina técnicas para prevenir e combater Praga do Mandarová em Cruzeiro do Sul

A Praga do Mandarová, uma lagarta que se alimenta de diversas culturas de plantações têm causado prejuízos na região do Vale do Juruá, no interior do Acre.  Essa região, que é conhecida pela grande produção de farinha de macaxeira, enfrenta desafios constantes na agricultura devido a ameaça do Mandarová. 

Em 2023, a praga causou danos na maioria dos municípios, principalmente em Cruzeiro do Sul, e um prejuízo de mais de  R$200 milhões, na produção de mandioca. Com o objetivo de prevenir os produtores de um novo surto do inseto, a Embrapa, em parceria com a Secretaria de Agricultura de Cruzeiro do Sul e a Universidade Federal do Acre (Ufac), está fazendo um ciclo de treinamentos para as comunidades agrícolas.

Assim, os técnicos e especialistas orientam os produtores sobre como adotar medidas preventivas e de combate à praga, minimizando assim os danos na colheita. 

“A questão principal é que, se você fizer um bom monitoramento do seu plantio, você souber exatamente quando tá ocorrendo a praga e você saber qual é o método de controle que você pode utilizar. Com certeza você pode mitigar o alastramento da praga para outras regiões e produtoras. E com isso também diminui a perda significativa na produção”, explicou Rodrigo Santos, pesquisador da Embrapa.

Na comunidade do Alto Pentecostes, em Cruzeiro do Sul, os produtores já começaram a aplicar as recomendações dos especialistas. No ano passado, esses produtores foram os menos afetados pelo mandarová, isso porque adotaram estratégias de controle que evitaram os danos observados em outras áreas do município. 

De acordo com os especialistas, essas práticas de prevenção e combate são fundamentais para reduzir o impacto das infestações na produção de mandioca e farinha. “Aqui na nossa comunidade ela não tem atingido tanto porque a gente estudou a rota dela e se previne para cuidar e combater esta praga que é tão é terrível para o Vale do Juruá”, afirmou o agricultor José Nascimento, que vive no Alto Pentecostes.

Pesquisa e inovação na agricultura

Atualmente, a Embrapa trabalha em pesquisas e estudos avançados para desenvolver novas variedades de macaxeira que sejam mais resistentes ao ataque da lagarta. Essa solução a longo prazo pode mudar a realidade dos produtores.

Segundo o analista da Embrapa, Márcio Baima, os ataques da praga devem se tornar mais frequentes nos próximos anos, o que reforça a importância de medidas preventivas e o treinamento contínuo dos agricultores.

“A gente vai tentar montar um grupo de alerta para o ataque, com ações preventivas em roçados, onde tem ataque. A gente também está implantando no laboratório lá na Embrapa para sanitizar as manivas e selecionar manivas altamente produtivas de outras regiões do país para trazer pra cá para o Acre e distribuir para os produtores”, enfatizou.

Fonte Jurua comunicação 

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