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Estiagem prolongada e calor intenso afeta produções agrícolas no Juruá 

Nos últimos tempos, a seca severa sofrida pela região do Juruá está impactando diretamente na produção agrícola e na qualidade de vida dos moradores da zona rural, principalmente daqueles que dependem das safras para seu sustento. Devido às mudanças climáticas, a seca severa está destruindo culturas de abacaxi, mandioca e abacate, que necessitam de um bom regime de chuvas, e acabam sofrendo com o estresse hídrico, resultando em perdas de até 50% da produção.

De acordo com José Lima, Coordenador da Defesa Civil de Cruzeiro do Sul, a estiagem que dura cerca de dois meses e meio, está prejudicando severamente a agricultura local. “Estamos enfrentando uma estiagem que não tínhamos visto antes, e isso está afetando diretamente as plantações, pois sem chuva não há como se desenvolverem. Acredito que as perdas cheguem a pelo menos 50%”, explica.

A previsão é de que as chuvas só retornem em dezembro, enquanto isso, as altas temperaturas irão continuar prejudicando a produção. Além disso, o coordenador destacou que, com a previsão de um inverno rigoroso, há a possibilidade de cheias significativas, o que poderia impactar ainda mais as regiões ribeirinhas.

A agricultora Maria da Silva, que mora no ramal das Tocanderas, em Rodrigues Alves, e que cultiva abacaxi, limão, abacate e mandioca, relatou as dificuldades enfrentadas pela falta de chuvas. “Durante esse período de seca, em que percebemos que as chuvas são bem escassas e o solo não é tão favorável para o plantio, não há muito o que fazer. Porque não temos muita facilidade com água, então o jeito é fazer o que é possível e esperar a chuva, mas está difícil nesses tempos. Nós não irrigamos, pois não há como, e só temos acesso a uma cacimba, então ficamos esperando a chuva”, desabafou.

As autoridades locais, por meio da Defesa Civil e da Secretaria de Agricultura, acompanham a situação dos agricultores, oferecendo suporte dentro das possibilidades do município. Lima afirmou que o monitoramento é contínuo e que um plano de contingência foi ativado para responder às necessidades de cada etapa da estiagem.

Com a seca, calor intenso e as perdas acumuladas, os agricultores da região aguardam a chegada das chuvas, na esperança de que o inverno traga alívio e permita a recuperação das plantações.

Redação jurua24horas 

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