Com o objetivo de promover o fortalecimento institucional, o desenvolvimento regional integrado e sustentável, e a definição de marcos regulatórios, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) reuniu, nesta semana, representantes de estados da Faixa de Fronteira Amazônica – Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima – para discutir políticas públicas e estratégias voltadas à região.
Fortalecimento da governança e planejamento estratégico
A iniciativa, liderada pela Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR), busca criar um “escudo econômico” que fomente negócios, emprego e renda, contribuindo também para a segurança na região de fronteira. A secretária Adriana Melo destacou a produtividade do encontro, que avançou na formulação dos Planos de Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira (PDIFFs).
“Essa é uma área prioritária da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), onde o Brasil se conecta com países vizinhos para cooperação. Precisamos enfrentar os desafios estruturais, fortalecer cadeias produtivas e melhorar as perspectivas de desenvolvimento social”, afirmou Adriana.
Consultoria e diagnósticos para direcionar investimentos
Durante a reunião, foi apresentado o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), responsável por realizar o diagnóstico das necessidades dos estados e apoiar a formulação de projetos para os PDIFFs. Segundo o coordenador-geral de Gestão do Território do MIDR, Vitarque Coêlho, o projeto está sendo desenvolvido em parceria com órgãos como o Consórcio Amazônia Legal, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
“Estamos promovendo uma integração entre diferentes escalas de gestão, desde o âmbito federal até as comunidades locais, que são o foco das intervenções. Nossa missão é racionalizar investimentos e garantir que eles sejam mais eficazes, considerando a importância da economia verde e da bioeconomia nas áreas de fronteira amazônica”, explicou Coêlho.
Foco no desenvolvimento sustentável
A estratégia envolve parcerias com ministérios como o da Justiça e Relações Exteriores e a articulação com investidores nacionais e internacionais. A proposta é consolidar uma governança eficiente que potencialize a captação de recursos para projetos sustentáveis.
O superintendente da Sudam, Paulo Rocha, reforçou a importância de ouvir os moradores locais na construção das soluções. “Sem planejamento estratégico, nada é contínuo. Precisamos considerar a vivência e o conhecimento dos amazônidas. Essa união entre ministérios, estados e municípios pode resultar em avanços práticos para o desenvolvimento sustentável econômico e social da região”, pontuou Rocha.
Perspectivas para a Faixa de Fronteira Amazônica
Com a priorização de áreas como mudanças climáticas, bioeconomia e economia verde, o MIDR espera consolidar uma política integrada que beneficie tanto as populações locais quanto a preservação ambiental. A governança coletiva e os investimentos coordenados são apontados como os maiores legados do projeto, que deve transformar a região em um exemplo de integração entre desenvolvimento econômico, inclusão social e sustentabilidade.