Festival Literário da UFAC em Cruzeiro do Sul homenageia Professoras In Memoriam

A homenagem às professoras, que tiveram uma longa trajetória no ensino superior e na educação básica

No primeiro Festival Literário realizado no campus Floresta da Universidade Federal do Acre (UFAC), em Cruzeiro do Sul, uma homenagem emocionante destacou-se na programação. Durante o evento, que começou em 16 de outubro de 2024, foram lembradas in memoriam as professoras Maria Alexandrina Félix de Andrade e Célia Maria Pires de Almeida, ambas com importantes contribuições para a educação na região. A homenagem, parte integrante do Festival Literário coordenado pelo professor Doutor Djalma Enes, incluiu a produção de um memorial escrito e uma exposição fotográfica.

O professor Cleidson Rocha, também docente da UFAC, foi responsável pela organização da homenagem. Ele explicou que a escolha das professoras, que se dedicaram ao ensino da literatura e linguagens, foi uma forma de reconhecer o papel fundamental que desempenharam na formação de gerações de estudantes. “Essa homenagem, ela está dentro de um festival literário, que aconteceu, o primeiro festival literário da UFAC, e dentro do festival foi proposto uma homenagem às professoras, já que elas também trabalhavam com essa parte de literatura,” destacou Cleidson.

Maria Alexandrina, que atuou como professora de Literatura por 22 anos no curso de Letras, foi lembrada pela sua dedicação ao ensino e à promoção de eventos culturais. Já Célia Maria Pires, conhecida por seu comprometimento com o estudo das linguagens e linguística, teve uma trajetória marcada pela paixão pelos livros e pela formação de leitores na região. Ambas tiveram suas histórias revisadas e eternizadas no memorial “As Meninas que Amavam Livros”, documento que conta a trajetória acadêmica e pessoal de cada uma, ilustrada por registros fotográficos e documentos cedidos pelas famílias.

A homenagem, que começou com a inauguração da exposição fotográfica no hall da Cinemateca do campus, segue aberta ao público, apresentando imagens que ilustram a vida das professoras, tanto no ambiente acadêmico quanto em momentos familiares. Segundo Cleidson Rocha, o material apresentado será publicado em um livro, preservando o legado das homenageadas para as futuras gerações.

Além disso, depoimentos emocionantes marcaram a cerimônia. O professor Cleidson lembrou momentos especiais com ambas, destacando a relação de amizade e troca intelectual que mantinham. Ele relatou que Alexandrina, conhecida por sua paixão pela literatura, adotou o uso de audiolivros como uma forma de aproveitar ainda mais o tempo, enquanto Célia era descrita como uma “esponja”, absorvendo desde risadas até reflexões filosóficas, sempre com interesse pela literatura e pela educação.

O memorial produzido para o evento foi elaborado por uma equipe composta por Hilary Caterine Furtado Arambulo, Ana Flávia de Lima Rocha e o próprio Cleidson, contando ainda com a colaboração de Beatriz Pires e Aléxia Andrade. Este documento, além de descrever a vida das professoras, traz depoimentos que ressaltam a importância de seu trabalho na formação de novos professores e na construção de identidades culturais no Juruá.

O Festival Literário da UFAC, sob a coordenação do professor Djalma Enes, também promoveu debates, palestras e oficinas sobre literatura e educação, atraindo estudantes, docentes e a comunidade de Cruzeiro do Sul. A homenagem às professoras, que tiveram uma longa trajetória no ensino superior e na educação básica, reafirma o papel da UFAC como instituição formadora de conhecimento e preservadora da memória acadêmica na Amazônia.

A exposição na Cinemateca seguirá aberta ao público nos próximos dias, proporcionando um espaço de recordação e homenagem, enquanto a publicação do memorial aguarda finalização editorial, contribuindo para a valorização do legado das professoras Maria Alexandrina Félix de Andrade e Célia Maria Pires de Almeida.

Jurua24horas

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