No Cemitério Jardim da Paz, na estrada antiga do aeroporto, em Cruzeiro do Sul, o Dia de Finados deste sábado foi marcado por momentos de saudade e emoção. Entre os visitantes, estava a dona Maria José de Sousa Gomes, de 86 anos, que fez questão de homenagear o marido, falecido há cerca de 18 anos, com quem compartilhou 33 anos de união. Apesar das limitações causadas pela hanseníase, Dona Maria José sentou-se sobre o túmulo do companheiro, relembrando os anos de casamento e compartilhando suas lembranças.
Sozinha e conversando baixinho, a idosa parecia estar em diálogo com o marido. Ela contou a equipe do site Juruá24Horas que não dormiu na noite anterior, ansiosa para a visita. “É muito bom, meu filho, quando a gente conversa com a pessoa, seja viva ou morta. Passei a noite todinha sem dormir, mas graças a Deus, consegui vir com meu amigo,” relatou Dona Maria José, que vive sem filhos e carrega consigo apenas as memórias do companheiro.
Dona Maria José acendeu velas e fez suas orações, dizendo que o momento era importante para matar a saudade e reviver um pouco dos bons tempos ao lado do marido. “Foi só nós dois. Ele morreu e eu fiquei só, na mesma casinha onde a gente morava,” contou, emocionando os presentes com sua demonstração de amor e dedicação.
Histórias como a de Dona Maria José refletem o quanto o Dia de Finados é um momento de conexão profunda para muitos.
Jurua24horas