No município de Rodrigues Alves, no interior do Acre, o sr.José Edmilson Nascimento da Silva, um idoso agricultor e pai de família, enfrenta uma luta diária contra a dor e as dificuldades de acesso à saúde. Aproximadamente quatro meses atrás, enquanto trabalhava no roçado, Edmilson feriu seu pé em um caco de vidro, resultando em um grave ferimento que, desde então, tem causado dor intensa, dormência e a constante saída de pus.
Edmilson conta que não consegue continuar trabalhando devido à gravidade da lesão, mesmo após procurar ajuda em diversos centros de saúde, o agricultor ainda não conseguiu a remoção do objeto cravado no seu pé. Além da dor que o impossibilita de trabalhar, Edmilson foi informado que o procedimento só poderá ser realizado no próximo ano, em 2025, um tempo que ele não pode esperar. Edmilson se vê em uma posição vulnerável e sem os recursos necessários para sustentar sua família.
Uma familiar conta que o homem depende do trabalho para sobreviver e sustentar a família. “Furou o pé no roçado com caco de vidro. Quatro meses com strep no pé. Apresenta dormência, saindo pus, doendo. Mora em Rodrigues Alves, agricultor. Pai de família, idoso, não recebe bolsa família, depende do trabalho para sobreviver.”
O agricultor desabafa o sofrimento que está passando para conseguir resolver a situação. “Tá com quatro meses que tô pelejando para tirar, mas não achei um médico que tenha capacidade. Quando acho um, diz que o ferimento é muito fundo e não consegue cortar. No posto de saúde dizem que está sem anestesia. Estou em Cruzeiro do Sul, já fui no PS [Pronto Socorro] e ninguém tomou providência. É uma tristeza viu, o trabalho aqui tá péssimo. Já cheguei até a pedir anestesia pra fazer por conta própria, mas orientaram a não fazer porque eu poderia prejudicar minha saúde. Estou gastando o que não tenho correndo atrás disso”, conta.
A situação foi levada ao conhecimento da enfermeira Tessia Jennifer, do Hospital do Juruá, que informou sobre a extensa lista de espera para procedimentos eletivos. “Vou passar para a direção para ver o que pode ser feito na situação dele”, informa Tessia.
O espaço continua aberto para uma resposta da direção do Hospital do Juruá.
Redação jurua24horas