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Lideranças Indígenas pedem medidas urgentes contra ameaças criminosas em Territórios Tradicionais

Lideranças indígenas reunidas na 5ª Conferência Indígena da Ayahuasca, realizada entre os dias 25 e 30 de janeiro de 2025, na Aldeia Sagrada, Terra Indígena Rio Gregório, elaboraram um documento solicitando ações imediatas da Secretaria Nacional de Segurança Pública. O pedido surge diante da crescente presença de facções criminosas na região, que ameaçam os povos indígenas e impactam seus modos de vida tradicionais.  

No documento, os representantes indígenas expressam preocupação com a tentativa de aliciamento de jovens para o crime organizado e com o desrespeito às lideranças tradicionais. Segundo os relatos, a atuação de facções tem gerado insegurança, violência e degradação ambiental, colocando em risco os territórios e a cultura indígena.  

Principais Reivindicações das Lideranças Indígenas

Diante desse cenário, os indígenas pedem reforço da fiscalização e da proteção territorial, incluindo medidas como:  

– Atuação da Força Nacional de Segurança em parceria com forças estaduais para repressão das facções criminosas.  

– Retomada das bases de proteção da fronteira, garantindo vigilância e presença do Estado.  

– Acordos com países vizinhos para fortalecer o combate ao narcotráfico.  

– Combate ao tráfico de drogas internacional, que utiliza rotas fluviais e terrestres na Amazônia.  

– Criação de um plano permanente contra crimes ambientais, com fiscalização terrestre e fluvial.  

– Garantia da atuação de órgãos como IBAMA, ICMBio, FUNAI e INCRA no enfrentamento do desmatamento e da exploração ilegal de recursos naturais.  

As lideranças indígenas reforçam que a ausência de ações eficazes coloca em risco não apenas os povos tradicionais, mas também a soberania nacional. O documento pede um diálogo contínuo entre Estado e comunidades indígenas para fortalecer o monitoramento territorial e a segurança pública.  

A situação evidencia a necessidade de respostas urgentes do governo para impedir o avanço do crime organizado e garantir o direito dos povos indígenas ao usufruto de seus territórios, conforme previsto na Constituição Federal.

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