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No Acre, mais de 80% das crianças vivem em condições de pobreza multidimensional, diz Unicef

O estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil – 2017 a 2023, divulgado pelo Unicef, nesta quinta-feira (16), revelou que estado do Acre apresentou um aumento no percentual de crianças e adolescentes de 0 a 17 anos vivendo em condições de pobreza multidimensional.

O índice passou de 81,7% em 2019 para 83,4% em 2023, enquanto a média nacional caiu de 59,5% para 55,9% neste mesmo período.

O levantamento considera sete dimensões fundamentais: renda, educação, informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil. No Acre, a falta de saneamento adequado teve os índices mais preocupantes, atingindo 68,9% das crianças e adolescentes.

Outras privações identificadas estão na renda (38,3%), moradia adequada (18,1%) e acesso à água (22,2%), números superiores às médias nacionais, que, em 2023, registraram 38% para saneamento e 19,1% para renda.

Na região Norte, a falta de saneamento tem sido problema muito debatido, em especial quando se trata de áreas rurais, onde 92% enfrentam privação de serviços básicos, como esse. O estudo também aponta disparidades raciais preocupantes. Crianças e adolescentes negros apresentam taxas de pobreza multidimensional ainda mais elevadas quando comparado a brancos. Enquanto 63,6% dos negros enfrentam privações múltiplas, o percentual entre brancos é de 45,2%.

Por Contilnet 

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