O Vaticano anunciou, nesta segunda-feira (21/4), o falecimento do papa Francisco, aos 88 anos. Segundo jornais italianos, que afirmam ter informações de dentro da Santa Sé, o pontífice teria sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) grave no início da manhã, após acordar.
Ainda não há confirmação oficial do Vaticano sobre esta complicação cerebral enfrentada pelo santo padre ou de que tipo teria sido o derrame enfrentado por ele.
O que é um AVC?
O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, de Brasília, explica que o AVC é uma emergência médica com duas formas principais de manifestação. A mais comum é o AVC isquêmico, causado pela obstrução do fluxo sanguíneo para o cérebro. Já o AVC hemorrágico ocorre quando há o rompimento de um vaso sanguíneo, provocando sangramento cerebral.
“No caso do tipo hemorrágico, o quadro tende a ser mais grave, pois o sangue extravasado agride o tecido cerebral e pode elevar perigosamente a pressão dentro do crânio, o que exige intervenção imediata”, explica Espíndola. Ambas as formas impedem o cérebro de receber oxigênio e nutrientes, o que pode causar danos irreversíveis e potencialmente fatais.
Principais sintomas do AVC
- Fraqueza e formigamento na face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo;
- Confusão mental, alteração da fala ou compreensão;
- Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
- Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
- Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
A neurologista Letícia Rebello, do Hospital Brasília, aponta que há três sinais importantes que revelam o início de um AVC: a boca torta, a dificuldade de falar e a perda de força de um lado do corpo.
“É importante ficar atento aos sinais de AVC em idosos, já que perceber o mais precoce possível é crucial para a prevenção do surgimento e do agravamento das sequelas, e consequentemente no processo de recuperação”, diz a médica.
Por Metrópoles