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Mulher é estuprada e jurada de morte pelo ex

Jurada de morte pelo ex-companheiro, uma mulher de 32 anos foi estuprada e espancada pelo homem com quem dividiu a mesma casa durante cinco anos. A vítima rompeu o silêncio e procurou a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) e o Ministério Público do estado fluminense para denunciar as agressões e ameaças, que tiveram início em fevereiro de 2023.

A coluna não irá revelar o nome do suspeito em razão de o processo criminal do qual ele é réu estar em trâmite. Mesmo com medidas protetivas deferidas pela Justiça, o agressor segue enviando mensagens ameaçadoras à vítima. Em uma delas, o homem avisa a ex-companheira que ela irá “conhecer o diabo”.

O estupro ocorreu em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Após a mulher pedir para o então companheiro entrar em casa, depois de ele se envolver em confusões quando estava embriagado, ela apanhou e sofreu agressão sexual. “Em determinado momento, enquanto eu era estuprada, ele disse que eu deveria gemer de dor, já que não gemeria de prazer”, desabafou.

Após meses de agressões e ameaças, a mulher se mudou para a casa dos pais, em Seropédica, um dos 13 municípios da baixada. No entanto, o homem seguiu jurando a ex-companheira de morte, o que, segundo o suspeito, só cessaria caso eles reatassem.

“Minhas denúncias, provas materiais, áudios com confissões, prints de ameaças, laudos médicos atestando transtorno de ansiedade generalizada, decorrentes do abuso sexual e do ciclo de violência que vivi, foram ignorados ou relativizados por decisões judiciais que priorizaram a liberdade do agressor à minha integridade física e mental”, disse a vítima.

Agressor solto

A vítima conta que, apesar do estupro e das seguidas ameaças de morte, o agressor permanece solto, contando com a ajuda de uma rede de apoio que o esconde de citações de oficiais de justiça. O homem trabalha comprando e vendendo produtos em um dos pontos das Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ), mas jamais é encontrado pelos funcionários dos tribunais cariocas.

“É importante registrar que a Justiça concedeu medida protetiva, mas não acolheu os pedidos de prisão mesmo após novas ameaças diretas de morte e de violência psicológica grave, como a iminente divulgação de vídeos íntimos, cujos prints já constam nos autos. Recentemente, o agressor afirmou que ‘vai acabar com a minha vida’ e que ‘vou conhecer o diabo’, ameaças que deixam claro o risco real e iminente à minha integridade física e emocional”, destacou.

Enquanto o processo que julga o crime de estupro tramita, a mulher segue sendo ameaçada de morte e sob o domínio do medo. “Minha morte, se ocorrer, não será suicídio. Será consequência de gritos de socorro que não foram ouvidos o suficiente”, disse.

Por Metrópoles 

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