Neste sábado, Cruzeiro do Sul comemora 120 anos de história, trazendo consigo as tradições e características que marcam sua essência de cidade interiorana. Com quase 100 mil habitantes, ainda é possível ver cenas que remetem a um passado mais tranquilo, como a roda de amigos na praça, trocando boas histórias. E foi em uma dessas rodas que a equipe do Juruá24Horas encontrou Seu Geraldo do Carmo, um personagem que, com seus 72 anos, conhece cada canto da cidade como ninguém.
Geraldo, vendedor de picolé há mais de 20 anos, caminha todos os dias por quilômetros, levando seus sorvetes, picolés e compartilhando memórias dos tempos antigos. Com simplicidade e sabedoria, ele nos contou sobre as transformações que viu acontecer em Cruzeiro do Sul, desde as ruas de barro e as pontes de madeira, até as melhorias que vieram com o tempo.
“Essa praça aqui era cheia de buracos, as ruas ao redor eram de lama, e aqui na frente tinha um lago,”* relembra Seu Geraldo. *”Agora tá tudo diferente, tudo arrumado, calçadas boas, tudo mudou.”
Mas as mudanças não foram apenas urbanas. Seu Geraldo relembra tempos de dificuldades, como a época em que era complicado até mesmo comprar carne. **”A gente chegava no mercado e só tinha dois bois pra dividir com todo mundo. Tinha que madrugar e entrar numa fila que chamavam de ‘cobrinha’, mas quando chegava a sua vez, já tinha acabado.”
Hoje, Seu Geraldo observa uma cidade em crescimento, com melhores condições de vida e uma comunidade mais unida. Quando perguntado sobre seus desejos para o futuro de Cruzeiro do Sul, ele é claro: “Eu quero paz, mais melhorias, mais amizade entre as pessoas. Que tudo que é ruim vá embora, e que Cruzeiro do Sul continue crescendo.”
A história de Seu Geraldo se mistura com a própria história de Cruzeiro do Sul, uma cidade que, ao completar 120 anos, continua se reinventando sem perder seu espírito comunitário e suas tradições.
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