Pacientes do Pronto-Socorro de Cruzeiro do Sul relatam demora para atendimento e falta de humanização no tratamento por parte de profissionais. Na madrugada de 2 de novembro, pacientes buscam entender a demora do atendimento, enquanto a assessoria do hospital informa que os atendimentos seguem a classificação de risco. Em relação ao atendimento humanizado, o hospital informa que os profissionais passam por qualificações frequentes para atender com cordialidade os pacientes.
No entanto, em especial na madrugada do dia 2 de Novembro, uma paciente, que preferiu não se identificar, afirmou ter esperado mais de uma hora após a triagem, mesmo com a sala de espera vazia. Segundo ela, o médico de plantão foi encontrado dormindo e precisou ser acordado. “A enfermeira da triagem e o médico não olham nem para o nosso rosto”, conta.
Em outro relato, um senhor afirmou ter aguardado desde o meio-dia do dia anterior por um leito para sua esposa, que estava com fortes dores. Outra mulher contou que seu marido chegou ao pronto-socorro “quase morrendo” e teve que esperar mais de uma hora para ser atendido. A insatisfação com o atendimento é demonstrada em cada relato, uma paciente relatou que o soro, marcado para ser administrado às 4h, só foi aplicado mais de uma hora depois.
No Pronto-Socorro de Cruzeiro do Sul, durante a madrugada, dois médicos clínicos revezam os plantões, mas apenas um atende por vez, sobrecarregando o sistema. Além disso, o número de leitos é limitado, com 10 leitos masculinos que frequentemente estão ocupados, sete leitos femininos sempre ocupados e sete pediátricos que ficam ocupados por longos períodos.
A assessoria do Hospital do Juruá esclareceu as alegações de demora excessiva, informando que os atendimentos são classificados pelo risco. Pacientes com fichas vermelhas e amarelas têm prioridade, enquanto casos verdes e azuis são direcionados para a atenção básica.
Sobre os relatos de falta de falta de humanização nos atendimentos, a assessoria garantiu que os profissionais passam por capacitações frequentes para oferecer um atendimento mais humanizado. No entanto, reconheceu que alguns podem não aplicar o que aprenderam. “Infelizmente, por conta de um médico, a equipe acaba assumindo a culpa. Enfermeiros e técnicos sempre passam por capacitação, mas infelizmente alguns não repassam o que aprenderam”
Ainda segundo a assessoria, o hospital realizou recentemente mais de 50 procedimentos para reduzir a fila de espera por cirurgias, mostrando esforços para melhorar o atendimento.
Diante desse cenário, o Pronto-Socorro de Cruzeiro do Sul é um exemplo dos desafios enfrentados pelo sistema de saúde pública, especialmente com recursos limitados, na busca de um atendimento eficaz e de qualidade. Enquanto os esforços para capacitar os profissionais e otimizar os serviços continuam, relatos como os citados destacam a necessidade de melhorias no atendimento e na infraestrutura para garantir o direito fundamental à saúde.
Com informações do jornal Juruá online