A farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul é considerada o principal produto da economia da região, são milhares de famílias que vivem da produção.
Plantar, cuidar, arrancar, raspar, lavar, cevar e torrar é algo que eles conhecem muito bem, porém, a desvalorização do produto vem desmotivando os produtores.
O preço do produto, que é reconhecido como a farinha de melhor qualidade do país, está em queda há pelo menos seis meses.
Seu Rosildo Nascimento, 52 anos, é morador do ramal 2, na BR 364. Ele conta que a situação tem se tornado mais difícil a cada dia e quando o preço da farinha cai, é poder de compra que sai da mão do agricultor. “Rapaz a farinha tá muito baixa né, porque todo o dia as coisas estão aumentando e o produtor só perdendo,” lamentou.
Ainda segundo o produtor no início do ano a saca de farinha de 50 quilos chegou a ser comercializada por R$ 170,00, hoje, no mercado local, o único valor que ele consegue vender é por R$75,00. “A gente ainda paga R$ 5 para o homem do caminhão para poder chegar com a farinha aqui, e aí você fica sem nada né.”
Sem ter o que fazer ou a quem recorrer, Rosildo Nascimento disse que trabalhar na produção de farinha não é fácil e que hoje permanece no ramo, por não saber fazer outra coisa. E já está ficado difícil manter até o essencial que é a alimentação. “Tudo subindo, principalmente a alimentação. As outras coisas a gente passa sem elas, mas sem a comida ninguém consegue não”, desabafou.
Da redação Juruá24horas