Preço dos ovos deve se manter pressionado até abril, diz associação

Preço dos ovos deve se manter pressionado até abril, diz associação.

O aumento do preço do ovo chamou a atenção dos consumidores nas últimas semanas, com elevações no atacado e no varejo.

Associações que acompanham o mercado explicam que o movimento é sazonal, impulsionado pelo aumento da procura pela proteína no período de quaresma.

A expectativa, porém, é que os preços continuem pressionados nos próximos meses e voltem ao padrão após o fim do período religioso — que neste ano deve ocorrer em 17 de abril, — segundo nota da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) publicada nesta terça-feira (18).

A inflação dos preços de aves e ovos subiu 1,69% em janeiro, de acordo com números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No acumulado de 12 meses, a alta foi de 7,84%.

“Após longo período com preços em baixa, a comercialização de ovos aqueceu pela demanda natural da época, quando há substituição de consumo de carnes vermelhas por proteínas brancas e por ovos”, explicou a ABPA.

A posição vai na mesma direção de nota da Abras, publicada no fim de semana.

“As empresas iniciaram a programação de abastecimento das lojas para atender à demanda sazonal da Quaresma, mas a restrição na oferta e os aumentos sucessivos de preços preocupam os supermercados”, escreveu Marcio Milan, vice-presidente da associação.

A Abras, porém, acrescentou que o aumento do ovo também pode estar atrelado ao processo de substituição dos consumidores em meio ao encarecimento de demais proteínas.

O preço das carnes foi um dos “vilões” da inflação de alimentos no ano passado, com avanço acumulado de 20,84%, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024.

A alta se manteve em janeiro. A inflação do grupo de carnes encerrou o mês com avanço de 0,36%, e de 21,17% no acumulado de 12 meses.

Custo de produção e onda de calor

A ABPA também apontou para o aumento do custo de produção dos ovos nos últimos oito meses como fator do encarecimento.

Segundo a entidade, o preço do milho subiu 30%, enquanto gastos de insumos de embalagens mais que dobraram.

Outro ponto relacionado à alta no preço do ovo pelo país é o calor que atinge o país, com impacto direto na produtividade das aves, o que gera reflexos na oferta de produtos.

Uma onda de calor, caracterizada por temperaturas altas por um período prolongado, atinge diversas regiões do Brasil e deve se estender até 24 de fevereiro.

A associação acrescentou que as exportações de ovos têm efeito praticamente nulo sobre a oferta interna. 

“As exportações representam menos de 1% das 59 bilhões de unidades que deverão ser produzidas este ano, o que deve gerar um consumo per capita de 272 unidades anuais – mais de 40 unidades acima da média mundial de consumo”, disse a entidade.

Por CNN Brasil 

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