Em fevereiro de 2024, o município de Jordão foi atingido por uma enchente histórica , mas, agora, a realidade é bem diferente: o município enfrenta a maior seca da sua história, o que tem gerado grande preocupação no governo municipal, que antecipa desafios para o próximo ano. A Defesa Civil Municipal, coordenada por Maria José Feitosa, junto com o prefeito Naudo Ribeiro, realizou visitas às comunidades rurais e aos barqueiros da região para avaliar o nível do rio e elaborar relatórios que serão encaminhados à Defesa Civil Estadual.
O Rio Tarauacá, que conecta Jordão ao município de Tarauacá, atingiu em agosto de 2024 a menor marca de sua história, com apenas 64 cm de profundidade. No entanto, a situação é ainda mais crítica em algumas áreas, onde o nível da água caiu para apenas 12 cm em certos pontos, dificultando ainda mais a navegação. Além do baixo nível da água, troncos e galhos espalhados pelo leito do rio tornam o percurso quase impossível para as embarcações.
Um balseiro local, com mais de 18 anos de experiência na região, relatou: “Nunca vi o rio secar tanto em época de estiagem. É algo que a gente nunca imaginou que fosse acontecer.”
Para enfrentar a crise, a Prefeitura de Jordão decretou situação de calamidade pública até o dia 19 de novembro. O município busca, junto ao governo estadual, resolver as dificuldades que a população enfrenta, como a falta de água, insumos, gás e combustível. A situação no transporte fluvial também se agravou: antes, uma viagem que levava cerca de 2 horas, agora demora até dois dias devido ao baixo nível do rio, o que dificulta o transporte de alimentos e insumos, encarecendo os produtos e gerando escassez.
A Prefeitura, em colaboração com a Força Aérea Brasileira e outras instituições, está trabalhando de forma integrada para minimizar os impactos da crise e garantir o atendimento às necessidades básicas da população jordense durante esse período crítico.
Fotos: Daniel Souza
Redação Jurua24horas