Nesta sexta-feira, o Presídio Manoel Nery, em Cruzeiro do Sul, deu um importante passo para a ressocialização de seus internos com a inauguração de uma fábrica de chinelos. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Acre e o Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN), e conta com nove máquinas capazes de produzir até 20 chinelos por hora.
Ao todo, 14 reeducandos foram capacitados para atuar na fabricação dos calçados, que terão custo de produção de R$ 15,84 e serão comercializados por R$ 20. O recurso arrecadado será reinvestido na compra de insumos para a continuidade do projeto.
Um dos presos capacitados destacou o impacto positivo da iniciativa. “Esse projeto nos dá a chance de aprender uma nova profissão e sair daqui reabilitados, com esperança de recomeçar uma vida melhor. É uma oportunidade para remir a pena e mudar nossa visão sobre a vida, não só por nós, mas também por nossas famílias.”
O juiz Elielton Zanole ressaltou que a iniciativa busca tornar o termo “reeducando” uma realidade prática. “Queremos que eles não sejam apenas apenados cumprindo pena, mas, de fato, reeducandos que aprendem uma profissão e desenvolvem consciência sobre a importância do trabalho.”
Para André Vinícius, diretor de reintegração social do IAPEN, a fábrica de chinelos é mais um exemplo das políticas de ressocialização implementadas no estado. “Essa é a segunda fábrica inaugurada no estado, com outra em planejamento para Rio Branco. Nosso objetivo é qualificar os reeducandos, ocupando suas mentes e preparando-os para uma vida diferente fora do sistema prisional.”
Além da fábrica de chinelos, o Presídio Manoel Nery já conta com projetos como hortas, marcenaria e casa de farinha, todos voltados para capacitar os internos e oferecer alternativas de subsistência ao final de suas penas.
Jurua24horas