A criança de apenas três dias foi transferida do município de Porto Walter para o hospital do Juruá em Cruzeiro do Sul, afim de tratar de um hemangioma no joelho, uma má formação vascular externa.
O médico pediatra Rondney Brito foi quem atendeu o caso e disse que a má formação que se apresenta no joelho esquerdo acontece com certa frequência, porém o mais comum é o hemangioma plano.
“O hemangioma dessa criança é cavernoso, uma má formação vascular mais exuberante, sendo que esteticamente fica bem mais visível”, contou o médico.
Porém, o que chamou a atenção do profissional de saúde foi um outro caso intrigante. Após ser submetido a um rastreio, protocolo médico para o caso, foi identificado que a criança nasceu com pedra na vesícula.
“Quando uma criança nasce com um problema desses de má formação, a gente tem que fazer um rastreio, e aí, na ultrassonografia abdominal foi identificado um outro problema, que é uma colelitíase, pedra na vesícula, que é um caso extremamente raro. São poucos relatos na literatura”, acrescentou Rondney.
O recém-nascido, de apenas três dias, será transferido para Rio Branco onde será submetido a cirurgia para a retirada da pedra na vesícula e seguirá com o tratamento da má formação vascular no joelho.
A cerca de 10 dias um outro caso raro foi registrado no Hospital do Juruá. Um recém-nascido de apenas 22 dias precisou passar por uma cirurgia para retirar também pedras na vesícula. Um exame de ultrassonografia detectou que o paciente tinha três pedras e precisava de cirurgia.
Na ocasião, o coordenador médico do Hospital do Juruá e cirurgião que fez o procedimento, Ozianndeny Câmara, explicou que a criança nasceu com colelitíase congênita, que é registrado em menos de 1% das crianças. Em alguns casos, o médico falou que as pedras não são identificadas.