A cidade de Rio Branco, capital do Acre, alcançou nesta quinta-feira (18) o título de local com o ar mais poluído do mundo, segundo a plataforma IQAir, que monitora a qualidade do ar globalmente em colaboração com a ONU e o Greenpeace. A concentração de poluentes na capital acreana atingiu 428,8 µg/m³ (microgramas de poluentes por metro cúbico), classificando o ar como “muito insalubre”. Esse valor é quase 29 vezes superior ao limite considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece o máximo de 15 µg/m³.
Outras cidades do estado também enfrentam condições alarmantes. Xapuri, conhecida historicamente pela luta ambiental de Chico Mendes, registrou 167,4 µg/m³, também dentro da faixa de “muito insalubre”. Em Cruzeiro do Sul, o índice chegou a 131,6 µg/m³; Feijó atingiu 183,9 µg/m³; e Manoel Urbano, 109,3 µg/m³. No entanto, o ar menos poluído entre os municípios acreanos foi registrado em Tarauacá, com 66,6 µg/m³, o que ainda ultrapassa em mais de quatro vezes o limite estabelecido pela OMS, qualificando-o como “insalubre”.
A situação é reflexo de um agravamento das condições ambientais no estado, em meio a queimadas e uma seca histórica que também compromete o nível dos rios. As autoridades de saúde e meio ambiente acompanham de perto a situação, enquanto a população enfrenta os impactos diários de respirar um ar altamente prejudicial à saúde.
FOLHA DO ACRE