O levantamento é feito pelo Ministério Público do Acre (MPAC)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma, que o corpo humano segura até 15 metros cúbicos de ar – equivalente a partículas que estão no ar. Em Rio Branco, a situação é grave, pois de acordo com o levantamento do Ministério Público do Acre, amanhecemos nesta quarta-feira (7) com 343 microgramas por metro cúbico de ar – o número é 20 vezes maior que o corpo pode suportar.
O resultado disso é que tanto nas próximas horas e nos próximos dias, muitas pessoas vão estar nos hospitais e postos de saúde para buscar ajuda médica, pois a população começa a inalar todo esse material e dependendo do que é queimado, não só a vegetação, também pode trazer produtos tóxicos para o organismo.
O coordenador municipal de Defesa Civil, coronel Cláudio Falcão, afirma está preocupado com a situação e diz que isso não ocorre só em Rio Branco, mas também em outros municípios do Acre.
“Infelizmente é muita fumaça, muita poluição, e isso vai refletir direto na saúde humana. Nós temos menos oxigênio no sangue e com isso mais poluentes. Estamos respirando essa fumaça. Ela não é exclusividade de Rio Branco. Ela atende os municípios vizinhos, estados e países. Apesar disso, não minimiza os impactos que causa na saúde de todos nós”, explica Falcão.
O médico Guilherme Pulici, explica quais os perigos que essa fumaça pode causar, além da síndrome respiratória gripal.
“Traz muitos malefícios para o nariz, garganta, olhos, pele, como também o sistema respiratório como um todo. E pode ter repercussão em outros órgãos, como coração, cérebro e rins. Nós orientamos que as pessoas se hidratem bastante, evitem se expor principalmente nos horários de pico da fumaça. Além de manter bastante a hidratação, consumindo alimentos que são ricos em água e nutrientes, como frutas, legumes, verduras e aquelas bebidas caseiras”, afirma o médico.
Dessa forma, é necessário que a população tenha consciência sobre as queimadas. No final desse mês de setembro é onde tem o maior risco de queimadas, pois está próximo do período das chuvas, que inicia em outubro, dessa forma, algumas pessoas aproveitam para atear fogo nos terrenos e também na área rural.
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