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Situação crítica do Rio Juruá em Cruzeiro do Sul preocupa autoridades e comunidades 

Com o nível do Rio Juruá e de igarapés em queda acentuada, a Defesa Civil de Cruzeiro do Sul se prepara para enfrentar uma situação de emergência que já afeta gravemente outras cidades da região.

O Rio Juruá, uma das principais fontes de água para a população de Cruzeiro do Sul e demais municípios da região do Juruá, enfrenta uma situação alarmante devido à estiagem prolongada. Em pleno mês de agosto, o cenário é de preocupação para as autoridades e moradores, que observam uma redução drástica nos níveis dos rios, igarapés e poços artesianos.

José Lima, coordenador da Defesa Civil Municipal de Cruzeiro do Sul, destacou a gravidade da situação durante uma entrevista ao site juruá24horas. “A gente tem se preocupado muito com isso. Em outras épocas, nessa altura do campeonato, vamos dizer assim, em agosto, a gente estaria ainda com bastante água nos poços artesianos, nos igarapés, o pessoal mais do interior e mais afastado da cidade, nas suas cacimbas. Hoje, a preocupação é que tem baixado bastante, então a gente sabe que o verão vai se estender.”

Com o nível do rio Juruá acima dos 4 metros, Lima ressaltou que, embora Cruzeiro do Sul ainda esteja em uma situação relativamente confortável, comparada a municípios vizinhos como Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, que enfrentam dificuldades severas para o recebimento de donativos, o plano de contingência já está pronto para ser acionado. “Já existe um plano de emergência pronto, já foi decretado e reconhecido pelo governo do estado a situação de emergência,” afirmou o coordenador.

A redução da pressão nos poços que abastecem bairros da cidade, como no Miritizal, já é um sinal claro da crise hídrica que se aproxima. Durante a noite, ainda há uma pressão mínima, mas durante o dia, essa pressão cai drasticamente, conforme as águas continuam a baixar. “Nós sabemos que vai baixar muito mais ainda, por isso que o plano de contingência está pronto,” completou José Lima.

A previsão de chuvas para a região não é animadora. Segundo Lima, as chuvas que têm ocorrido são muito localizadas e de baixo volume, não sendo suficientes para reverter a situação. “Essa chuva que tem caído são chuvas localizadas, com um pequeno volume de água. Às vezes cai num bairro, no outro muito próximo, não cai nenhum pingo de chuva, fazendo com que a situação se agrave a cada dia,” explicou o coordenador.

A Defesa Civil de Cruzeiro do Sul mantém um estado de alerta, monitorando a situação e pronta para agir caso a emergência se agrave. Enquanto isso, a população é orientada a economizar água e estar ciente dos desafios que poderão surgir nas próximas semanas.

Redação jurua24horas 

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