No velório do corpo de João Donato, que aconteceu nesta terça-feira, 18 de julho, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, amigos e familiares prestaram suas últimas homenagens ao instrumentista, cantor e compositor.
Ao se aproximar do caixão, a viúva Ivone Belém estava aos prantos e foi consolada por amigos e familiares que estavam no local. A jornalista foi a terceira esposa de João, que foi casado com Astrud Gilberto, nos anos 60, e com Ana Maria Reis, nos anos 70.
O amigo do compositor Jards Macalé confortou a esposa e prestou suas homenagens. Além dele, estiveram presentes no velório Caetano Veloso, Paula Lavigne, Tulipa Ruiz, Jandira Feghali, Vanessa da Mata, Bebel Gilberto, Fernanda Takai e Paula Lima.
Caetano se emocionou ao falar sobre a carreira do amigo. “Estava chorando de saudade, mas, ao mesmo tempo, me sinto feliz pensando nele. Ele viveu lindamente. Donato era música encarnada. Ontem estava pensando nele. Toda a música dele é perfeita e rica, simples e ultra complexa. Não tem igual. Ele era uma luz celeste andando pela Terra”, declarou o músico.
“São lembranças demais. Fizemos algumas parcerias. Tenho uma honra enorme de ter botado o dedo em algumas poucas coisas dele”, disse Caetano, que compôs “Rã” ao lado de Donato.
A cerimônia foi marcada pela presença da Orquestra Sinfônica do teatro, que tocou sucessos de João Donato como “Rã” e “Lugar Comum”. Durante o serviço, Donatinho, filho mais novo do artista, disse que o legado do pai “ficará para sempre”.
O músico deixou a esposa Ivone Belém e três filhos, Jordel, de 56 anos, Joana, de 46, e Donatinho, de 38. Após o velório, o corpo do músico será cremado no Memorial do Carmo, em cerimônia reservada para a família.
Considerado um dos nomes mais importantes da música popular brasileira, João Donato enfrentava uma série de problemas de saúde. Recentemente, ele foi internado para tratar uma infecção nos pulmões.
ofuxico