Foto: Diego Gurgel/Secom
A safra agrícola do Acre segue em curva ascendente. De acordo com o levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado deverá alcançar 195.995 toneladas em 2025 na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas. O número representa um crescimento de 5% em relação a 2024, quando a colheita totalizou 186.688 toneladas.
O milho é o grande destaque do novo ciclo, com projeção de aumento de 35,8% na segunda safra. Já a área plantada geral deve registrar avanço de 3,2%, passando de 63.988 para 66.059 hectares.
Mesmo com o salto na produção de milho, a mandioca permanece c omo carro-chefe da agricultura acreana, com estimativa de 511.423 toneladas. Na sequência, vêm o milho (124.627 t), soja (64.059 t), cana-de-açúcar (10.320 t), banana (7.685 t), laranja (5.245 t), café (4.921 t), arroz (4.429 t), feijão (2.832 t) e fumo (133 folhas colhidas).
O café também se destacou com um crescimento expressivo de quase 60% em relação ao ano anterior. A estimativa é que a produção suba de 3.079 para 4.921 toneladas, consolidando o Acre como o segundo maior produtor do Norte, atrás apenas de Rondônia.
Já a soja continua apresentando bom desempenho, com crescimento estimado de 5,8% no comparativo anual.
Foco no produtor rural sustenta resultados
Para a Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), os números refletem o impacto direto das políticas de fortalecimento do setor rural. A pasta tem apostado em iniciativas como distribuição de equipamentos, capacitações e suporte técnico, com apoio do Programa REM Acre – Fase II.
Segundo o secretário José Luis Tchê, o segredo está na escuta ativa do campo. “Temos priorizado o diálogo com quem produz. São os agricultores que sabem o que funciona. Estamos atentos para transformar as demandas em ações concretas”, afirma.
Na ponta, os efeitos já são percebidos por produtores como Sebastião de Oliveira, de Acrelândia. Ele ressalta que a presença do Estado tem sido decisiva. “Sem esse apoio, muita coisa não seria possível. Os insumos e a assistência técnica fazem diferença. A gente recebe, aplica e vê o resultado na produção e na renda”, diz.
A Seagri também aposta em feiras e eventos para valorizar o que é produzido no estado e abrir portas para novos mercados. “Esse crescimento na produção é fruto de um trabalho estruturado. Estamos fortalecendo a agricultura familiar e promovendo desenvolvimento sustentável em todas as regiões do Acre”, conclui o secretário.
Por Contilnet